Recordes

Covid-19: Brasil tem mais de 2 mil mortos pelo 2º dia seguido e média diária cresce 60% em 1 mês

A média diária de mortes vem batendo recordes consecutivos há 16 dias. Pelo 2º dia seguido, o Brasil ultrapassou 2 mil mortes, com números recordes, desde o início da pandemia de covid-19.

Karina Costa Albuquerque
Karina Costa Albuquerque
Publicado em 12/03/2021 às 11:01
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Pelo 2º dia seguido, o Brasil registrou mais de duas mil mortes por covid-19. Segundo balanço do Ministério da Saúde, nas últimas 24h, foram confirmados mais 2.233 óbitos por complicações da doença.

O resultado só não superou o recorde da quarta (10), de 2.286.

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Óbitos

O número de pessoas que, desde o início da pandemia, morreram por complicações do novo coronavírus chegou a 272.889. Ainda há 2.943 mortes em investigação por equipes de saúde. Isso, porque há casos em que o diagnóstico sobre a causa só sai após o óbito do paciente.

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Número de casos

O número de pessoas infectadas desde o início da pandemia totalizou hoje 11.277.717. Em 24h, foram registrados 75.412 novos casos de pessoas infectadas pelo novo coronavírus.

A informação está no balanço diário do Ministério da Saúde, divulgado na noite dessa quinta (11). A atualização é produzida a partir das informações levantadas pelas autoridades estaduais e locais de saúde sobre casos e mortes provocados pela covid-19.

O número de pessoas recuperadas chegou a 9.958.566. Já a quantidade de pessoas com casos ativos, em acompanhamento por equipes de saúde, ficou em 1.046.262.

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Estados

O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (63.010), Rio de Janeiro (34.083), Minas Gerais (20.087), Rio Grande do Sul (14.363) e Paraná (13.159). Já as Unidades da Federação com menos óbitos são Acre (1.094), Amapá (1.169), Roraima (1.216), Tocantins (1.623) e Sergipe (3.072).

Média diária de mortes

O número de mortes diárias por covid-19, segundo a média móvel de sete dias, divulgada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), chegou a 1.702, nessa quinta (11). Isso representa aumentos de 60,9%, em relação a um mês antes, quando foram registrados 1.058 óbitos, e de 48,2% na comparação com 14 dias antes (1.148 mortes).

A média diária de mortes vem batendo recordes consecutivos há 16 dias. O número registrado ontem pela Fiocruz está 55,2% acima do pico em 2020 (1.096 óbitos, notificados em 25 de julho).

A média móvel de sete dias é calculada por meio da soma dos casos registrados no dia e nos seis dias anteriores e da divisão do total por sete. Por isso, os números divergem daqueles apresentados pelo Ministério da Saúde, que apresenta apenas o número de óbitos registrados em um dia específico.

O número de casos, de acordo com a média móvel de sete dias, também apresentou volume recorde ontem: 69.140 - 34,5% acima de 14 dias antes (51.405 casos) e 52,4% a mais do que o registrado um mês antes (45.373).

10% das mortes no mundo

A Fiocruz também afirmou, nessa quinta, que o Brasil vive o pior momento da pandemia. A informação foi divulgada no boletim quinzenal da entidade. A avaliação é decorrente do aumento no número de casos e de mortos pelo novo coronavírus.

"Os recordes de novos casos e óbitos vêm sendo superados diariamente, acompanhados por uma situação de colapso dos sistemas de saúde em grande parte dos estados e municípios", aponta a nota divulgada pela Fiocruz.

Um ano após a pandemia ser oficialmente reconhecida, o país registrou 10,3% das mortes que foram notificadas pelo mundo pela covid-19, sendo que o Brasil tem apenas 3% da população global.

"O Brasil se encontra entre os países com piores indicadores, totalizando 11.122.429 casos e 268.370 óbitos", informa o boletim da Fiocruz.

Vacinação

Até o início da noite dessa quinta (11), haviam sido distribuídas 18,2 milhões de doses de vacinas. Desse total, foram aplicadas 10,5 milhões de doses, sendo 7,9 milhões da 1ª dose (3,7% da população brasileira) e 2,5 milhões da 2ª dose (1,1% da população brasileira).

Momento grave

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, divulgou vídeo no qual reconhece o momento grave da pandemia. Ele creditou a situação sobretudo às novas variantes do novo coronavírus. O titular da pasta afirmou que o sistema de saúde não irá colapsar.

No vídeo, Pazuello pediu que os brasileiros sigam as orientações básicas para de comportamento coletivo, embora não tenha detalhado quais são. O ministro informou que foram entregues até o momento 20 milhões de doses, o que atende 12 milhões de brasileiros. Até abril, acrescentou, o montante chegará a 80 milhões de doses entregues.

O titular do Ministério da Saúde pontuou que atualmente há no mundo um problema de oferta das vacinas, com laboratórios não conseguindo cumprir entregas. “A dependência de insumos e vacinas leva-nos a manter uma ação diplomática de forma permanente, que garanta o cumprimento do nosso cronograma de produção de vacinas e insumos”, disse.

Ele concluiu comentando que respondeu aos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal sobre o cronograma das vacinas para este e os próximos meses.