PANDEMIA

Covid-19: "Possibilidade sempre há", diz secretário de Saúde de Pernambuco sobre possível lockdown

André Longo concedeu entrevista à TV Jornal nesta sexta-feira (12)

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Suzyanne Freitas

Publicado em 12/03/2021 às 13:30 | Atualizado em 30/08/2023 às 12:17
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Nesta sexta-feira (12), há exatamente um ano, Pernambuco confirmava os primeiros casos da covid-19. Hoje, o Estado contabiliza mais de 300 mil infectados.

Além disso, a doença já tirou a vida de mais de 11 mil pernambucanos. E se o número de internações não diminuir, o Governo Estadual acredita que a mortalidade também vai continuar subindo.

Em entrevista à repórter Juliana Oliveira, da TV Jornal, o secretário de Saúde de PE, André Longo, falou um pouco sobre a situação do vírus no Estado e a possibilidade no endurecimento do isolamento social (Lockdown) após o dia 17 de março.

"Possibilidade sempre há. Nós estamos avaliando os números continuamente aqui no gabinete de enfrentamento, coordenados pelo governador Paulo Câmara. Os números nos preocupam muito, essa rápida aceleração da doença. Nós temos procurado reagir a altura, disponibilizando leitos novos para assistência à população, mas tem sido dias muito difíceis", destacou Longo.

Questionado sobre o aumento na abertura de leitos, Longo comentou o motivo do Hospital de Campanha dos Coelhos não ter sido reaberto ainda.

"Nós temos abrindo leitos numa velocidade impressionante. Para se ter uma ideia, nos últimos 15 dias, foram 165 leitos. Nós temos a expectativa, de apenas no dia de hoje, abrir mais, em torno de 60 leitos, 10, inclusive, para atender a região do Agreste, em Caruaru", explicou.

"Então, independente, do projeto do Hospital de Campanha de Coelhos, que hoje tem uma dificuldade, que é uma organização social. A gente fez o processo licitatório, que está sendo acompanhado pelo Tribunal de Contas, mas, até agora, nós não temos, a organização social para tocar esse projeto de implantação do Hospital de Coelhos", falou.

Apelo

Na ocasião, Longo também fez um apelo para a população seguir as medidas restritivas e fazer uso da máscara.

"Precisamos muito é do apoio da população, da cooperação, para que possamos nos ajudar de forma mútua - Estado fazendo o seu trabalho e a população ajudando. Ficando em casa, sempre que possível. Mas se for sair de casa, usar a máscara", alertou.

"Precisamos ter esse compromisso da população. Usar a máscara corretamente, cobrindo a boca e o nariz, e buscando, na medida do possível, fazer o distanciamento social, a higiene das mãos, medidas sanitárias que se sabe que resolvem, ajudam a resolver o problema da transmissão do vírus", concluiu.

O que é coronavírus?

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937.

No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.

A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

Como prevenir o coronavírus?

O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização.
  • Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes.
  • Ficar em casa quando estiver doente.
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
  • Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
  • Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.

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