VACINA

Vacina nacional contra a covid-19 só deve ser produzida em 2022

Ana Paula Fernandes, coordenadora da Rede Vírus em Diagnósticos de Covid do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, explicou que o imunizante está em fase de testes

Rádio Jornal
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Publicado em 22/03/2021 às 15:06
Tânia Rêgo/Agência Brasil
FOTO: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O Brasil pode ter uma vacina nacional contra o novo coronavírus em 2022. O primeiro imunizante nacional contra a covid-19 está sendo desenvolvido pelo Centro de Tecnologia em Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) junto com outros estudos na mesma área de vacinas.

Em entrevista à Rádio Jornal, Ana Paula Fernandes, professora titular da UFMG e coordenadora da Rede Vírus em Diagnósticos de Covid do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, explicou como está o desenvolvimento da vacina brasileira para imunização contra o novo coronavírus.

"Existem outros grupos que também estão desenvolvendo imunizantes, mas, da nossa parte, finalizamos os testes que demonstram em modelos animais: camundongos, ratos de laboratórios, nós conseguimos induzir proteção. Quando a gente fala de induzir proteção, nós vacinamos os animais com o imunizante e depois desafiamos com o vírus que causa a doença, a covid. E nesse modelo podemos avaliar se a vacina induziu resposta imune adequada e se ela protegeu os animais de laboratório de contrair essa infecção e o vírus se multiplicar e causar aquelas alterações no pulmão, e nos vários órgãos que são acometidos pela covid-19. E nós vimos uma evidência de proteção muito significativa que nos permitem avançar para os testes clínicos em humanos. Estamos buscando recursos para avança nesses testes", explicou a professora Ana Paula Fernandes.

Ainda segundo a coordenadora a Rede Vírus em Diagnósticos de Covid do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, a expectativa é que a vacina brasileira deva ser produzida e aplicada no próximo ano. "Acho que para o segundo semestre de 2022 a vacina já estaria aprovada e registrada na Anvisa. Isso, claro, se os recursos chegarem a tempo. Chegando, estaria registrada e em condições de serem produzidas para chegar nos braços da população brasileira", contou a especialista.

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