O presidente do Sindicato dos Hospitais de Pernambuco, George Trigueiro, voltou a alertar para o risco de colapso no sistema privado de saúde, em razão do aumento de pacientes vítimas de covid-19. O sindicalista explicou que fabricantes de insumos básicos já alertaram para o risco de descontinuidade no fornecimento de anestésicos e anticoagulantes.
“O que aconteceu era previsível. Desde o início, alertamos que, se não houver um comando central, do Ministério da Saúde, esse descontrole vai acontecer. No início do ano passado, tivemos dificuldades com os EPIs, porque o país não estava preparado. Depois, com a vacina que era para ter sido comprada desde o ano passado, como nos outros países. Aconteceu com o oxigênio em Manaus e, agora, reflete no kit intubação”, disse o presidente em entrevista ao Passando a Limpo, da Rádio Jornal, na manhã desta terça-feira (23).
Trigueiro lembra que as fabricantes desses insumos já alertaram para o risco da suspensão de produção. “As próprias fabricantes já informaram que poderia acontecer uma descontinuidade na fabricação devido à grande demanda. A ocupação das UTIs, está alta, jovens estão ficando por mais tempo na UTI, com infecções mais graves, e demora mais para haver rotatividade do leito. Tem momento que ou intuba ou o paciente morre. Os laboratórios já anunciaram que pode haver descontinuidade em anestésicos e até de anticoagulantes, mas o governo diz que isso não vai acontecer”, acrescentou.