Vacinação contra covid-19

Médico aprova vacina CoronaVac: estou com níveis muito altos de anticorpos protetores

A vacina chinesa CoronaVac, desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan, foi bastante criticada pelo presidente Jair Bolsonaro que chegou a chamá-la de “vachina”

Gabriel dos Santos Araujo Dias
Gabriel dos Santos Araujo Dias
Publicado em 26/03/2021 às 10:48
Rovena Rosa/Agência Brasil
FOTO: Rovena Rosa/Agência Brasil

O médico cirurgião Cláudio Lacerda está animado com os resultados positivos da CoronaVac, vacina chinesa desenvolvida pela farmacêutica Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan e que é aplicada no Brasil. De acordo com o médico, ele, a esposa e um grupo de colegas que já foram vacinados fizeram um exame específico e identificaram altos níveis de anticorpos protetores.

A informação foi divulgada nesta sexta-feira (25), em entrevista ao programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal. “Foi desenvolvida uma tecnologia que permite quantificar no sangue das pessoas que tomaram a vacina ou tiveram a doença os anticorpos neutralizantes, que são os protetores. Fiz eu, minha esposa, que é médica, e alguns colegas e os resultados são alentadores”, disse Cláudio.

“Nós estamos com níveis de anticorpos protetores muito altos. Comparando com o nível de quem teve a doença, são 3 vezes maiores”, calculou. “Até que se prove o contrário, a CoronaCac, de fato, funciona. Inclusive, por ser de vírus inteiro, ela tem também a qualidade de ser eficaz contra as variantes”, completou.

Segundo o médico, isso se comprova pelo fato de que, em São Paulo e no Recife, caíram os números de idosos e profissionais de saúde internados em estado grave.

Negacionismo de Bolsonaro

Apesar de ser um das únicas duas vacinas ainda disponíveis no Brasil, a CoronaVac foi amplamente atacada pelo presidente Jair Bolsonaro. No ano passado, Bolsonaro chegou a chamar a vacina de “Vachina”.

Nos últimos dias, após pressão de vários setores da sociedade, Bolsonaro mudou o tom e pasosu a defender que a vacina é segura.

Ouça a entrevista na íntegra: