
Instituto Butantan anunciou que mais de 10 mil pessoas devem ser selecionadas para participar das três etapas de testes da ButanVac em humanos
Imagem ilustrativa. - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O anúncio do Instituto Butantan de que vai produzir uma vacina 100% brasileira animou muita gente nesta sexta-feira (26). De acordo com o governador de São Paulo, João Dória, os testes pré-clínicos da, isto é, em animais, foram “bastante promissores”. Agora, o Butantan vai pedir à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a liberação para realização de testes da "ButanVac" em humanos. A expectativa é que essa nova etapa de testes aconteça já a partir deste mês de abril.
No primeiro momento, 1,8 mil voluntários devem ser recrutados para participar das fases 1 e 2. Nesses estágios, os pesquisadores buscam identificar a real segurança do imunizante e se ele é capaz de provocar reação imune em quem for vacinado. Em seguida, na fase 3, quando os pesquisadores querem entender se a vacina é, de fato, eficaz, até 9 mil pessoas vão poder participar dos testes.
De acordo com o jornal O Estado de São Paulo, os testes das fases 1 e 2 serão realizados com voluntários com idades a partir de 18 anos e que ainda não estão contemplados pela vacinação no Plano Nacional de Imunização (PNI). O governo ainda não informou, no entanto, como vai ser feita a seleção dos candidatos. Assim que o anúncio for feito, esta reportagem será atualizada.
Segundo o portal G1, parte dos testes também será feito em países como o Vietnã e Tailândia, que devem receber lotes da vacina.
Também de acordo com o Estadão, o lote para os testes em humanos já está preparado. A expectativa é que a produção em larga escala comece em maio e que, no segundo semestre, 40 milhões de doses já estejam disponíveis para a população usar.
No anúncio, o Instituto Butantan explicou que a ButanVac se utiliza da mesma tecnologia usada na vacina da gripe. “Nós aprendemos com as vacinas anteriores, já sabemos o que é uma boa vacina contra a Covid-19. Essa será uma vacina de segunda geração, mais imunogênica”, disse o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.
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