Cuidado

Covid-19: confira como escapar do golpe da 'vacina de vento'

Especialistas afirmam que cidadão pode dar voz de prisão ao profissional de saúde que agir de má fé e não aplicar vacina contra covid-19

Karina Costa Albuquerque
Karina Costa Albuquerque
Publicado em 05/04/2021 às 10:19
Jailton Jr/JC Imagem
FOTO: Jailton Jr/JC Imagem

Desde o início da vacinação contra a Covid-19, em todo o Brasil, diversos relatos, vídeos e denúncias mostram o golpe da "vacina de vento". O que era para ser um momento de alívio e esperança, torna-se uma situação estressante e desanimadora.

Seja por descuido do profissional de saúde, ou por má fé, os casos aconteceram e é preciso ficar atento na hora de se vacinar.

Muitos acabam percebendo a falha (ou ato proposital) apenas quando chegam em casa, ao ver vídeos do instante da imunização.

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O que fazer

De acordo com especialistas ouvidos pela reportagem do SBT, a melhor medida para evitar a falsa aplicação é prestar muita atenção quando a injeção é feita, além de, se possível, gravar tudo. Um familiar ou acompanhante pode ajudar nessa missão, com o objetivo de produzir provas caso a aplicação seja falsa.

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E se receber 'vacina de vento'?

Se for percebida a ilegalidade, o supervisor de vacinação responsável deve ser chamado ou contatado. "Caso este supervisor não dê um procedimento adequado, ela [a pessoa vacinada ou acompanhante] pode até declarar voz de prisão para esta pessoa", diz a advogada Amanda Caroline. Em outra situação, o paciente pode acionar a polícia, e registrar um boletim de ocorrência.

Denúncias

Pelo menos 33 denúncias de falsas aplicações do imunizante contra o coronavírus já foram feitas, em 26 estados brasileiros. O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), por meio do Comitê Gestor de Crise, afirma que os casos são investigados. Se for comprovada a má fé do profissional, o registro pode ser cassado.

"Dentre as 15 milhões que foram aplicadas, este número é bastante ínfimo. Infelizmente são situações graves, mas a gente precisa deixar registro que é exceção", pontua a presidente do Cofen, Viviane Camargo.