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Desembargador do TJPE apaga post em que alertava sobre articulação de grupos para dar golpe no Brasil

Desembargador do TJPE havia publicado que grupos estão se articulando para ‘golpear o Estado Democrático e Social de Direito do Brasil’

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 15/04/2021 às 13:37
Acervo JC Imagem
FOTO: Acervo JC Imagem

O desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) Bartolomeu Bueno apagou a publicação que havia feito em uma rede social onde afirmava que “todos os que têm o poder das armas estão se articulando para golpear o Estado Democrático e Social de Direito do Brasil e rasgar a Constituição em vigor”. O post foi feito na última terça-feira (13).

Veja a publicação:

Desembargador Bartolomeu Bueno apagou postagem em que falava sobre articulação de golpe no Brasil
Desembargador Bartolomeu Bueno apagou postagem em que falava sobre articulação de golpe no Brasil
Reprodução/ Facebook

Fora do Facebook

Nesta quinta-feira (15), ele publicou uma mensagem na mesma rede social em que afirma ser sua última postagem. "Fui. Não voltarei mais. É definitivo. Sentença familiar. Não cabe recurso. Transitou em julgado material e formalmente. Minha última postagem no Facebook. Bartolomeu Bueno", diz a publicação.

'Prefiro ser morto lutando'

Nesta quarta-feira (14), em entrevista à Rádio Jornal, o desembargador do TJPE explicou que sua postagem foi feita com base na avaliação de eventos que têm se repetido no Brasil. “Diversos setores vêm, o tempo todo, tentando solapar as instituições democráticas. O próprio presidente da República vem o tempo todo atacando o Supremo Tribunal Federal, a sua família também. Algumas pessoas no Congresso, alguns seguidores do presidente vêm atacando essas instituições, defendendo o Ato Institucional número 5 (...) Nós estamos acompanhando isso e vemos, de vez em quando, generais de pijama, no clube militar, que são usados para dar recados dos militares da ativa, dizendo que pode haver isso, aquilo”, comentou.

Bartolomeu Bueno alertou que é preciso reação por parte da população. “Todo dia é uma ameaça ao Estado Democrático e Social de Direito e nós, como cidadãos, que defendemos a Constituição, temos que estar preparados. Não defendo a luta armada, mas, evidentemente, se tiver um golpe eu vou tentar me defender. Não vou aos 67, 68 anos de idade ser preso, torturado e morto. Eu prefiro ser morto lutando”, afirmou.

Ouça a entrevista completa: