Uma árvore está jorrando água há vários dias na cidade de São Joaquim do Monte, no Agreste pernambucano. Plantada ao lado do santuário dedicado a Frei Damião, a árvore estaria relacionada a um milagre, acreditam fiéis católicos da região.
Todos os anos, entre os meses de agosto e setembro, o santuário recebe milhares de fieis devotos do Frade Capuchinho. A árvore onde o fenômeno foi notado foi podada recentemente e, desde então, uma água cristalina tem saído do seu interior.
Desde que o assunto se espalhou pelas redondezas, várias pessoas têm ido ao local recolher a água com garrafas e copos. À TV Jornal Interior, o pároco de São Joaquim do Monte, padre José Isael, disse que ainda não há explicação para o fenômeno.
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"A pessoa que trabalha lá disse que era uma coisa fantástica: estava jorrando água. Até hoje, mais de cinco dias depois, continua jorrando essa água no Cruzeiro. Agora, a gente ainda não sabe explicar. A explicação é um mistério. Mistério não se explica, só se contempla", disse o padre.
Fé
Romeiros de outras cidades já começam a se deslocar até o local em busca da água. "O que me motivou a vir aqui foi a fé e o milagre. Sou devota de Frei Damião e quando soube desse fato quis vir aqui. Vou levar a água para alguém e vou tomar ela", disse a dona de casa Rosilda, que saiu de Camocim de São Félix até São Joaquim, quando soube do caso.
Ciência
O NE10 Interior entrevistou o professor e biólogo Marcelo Bezerra para falar sobre o assunto. De acordo com o especialista, é necessária uma análise detalhada do local.
O professor lembrou que outros casos de árvores jorrando água já foram registrados no país e o fenômeno estaria relacionado à poda das árvores. "Os vegetais têm um trânsito de água, que vai desde a absorção pelas raízes até a eliminação pelas folhas, no sentido ascendente, ou seja, de baixo para cima. A saída de água de um vegetal, para que ele possa transpirar, acontece pelas folhas. Quando há o fenômeno de poda da árvore, a saída de água é cessada. Esta água geralmente está no estado físico de vapor e, quando isso acontece, cria-se uma pressão hídrica no local que foi podado e a água que segue o fluxo normalmente pode ser eliminada pela região de poda", explicou o professor.