O desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco Bartolomeu Bueno voltou a se manifestar sobre a situação política do país. Conforme revelado pelo Blog de Jamildo, o desembargador do TJPE publicou em uma rede social que "já estão prendendo e torturando e assassinando quem se posiciona contra o atual governo [do presidente Jair Bolsonaro]".
"Nós já estamos vivendo um Estado de Exceção. Já estão prendendo e torturando e assassinando quem se posiciona contra o atual governo. A Policia Federal (um delegado que ousou investigar o ministro Sales, foi exonerado e está sendo ameaçado) e as forças armadas estão aparelhadas pelo governo (os comandantes e oficiais legalistas afastados). Vamos reagir. Os soldados, cabos e graduados e os oficiais de baixa patente ou subalternos (tenentes), estão com o povo. Onde já morreram mais 400 mil só de COVID, com previsão factível para um milhão até o final do ano), morrer mais um milhão ou dois milhões em uma guerrinha civil, não será nada. Estou nessa. Ninguém vai me golpear sem reação", diz a postagem do desembargador do TJPE.
Veja a publicação:
Nós já estamos vivendo um Estado de Exceção. Já estão prendendo e torturando e assassinando quem se posiciona contra o...
Publicado por Bartolomeu Bueno De Freitas Morais Bueno em Sexta-feira, 30 de abril de 2021
Denúncia de articulação de grupos para golpear o Brasil
No dia 13 de abril, o desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) Bartolomeu Bueno fez uma postagem em sua conta pessoal do Facebook em que afirmava que “todos os que têm o poder das armas estão se articulando para golpear o Estado Democrático e Social de Direito do Brasil e rasgar a Constituição em vigor”.
Um dia depois da publica, em entrevista à Rádio Jornal, ele explicou o motivo da publicação e disse que preferia morrer lutando. "Todo dia é uma ameaça ao Estado Democrático e Social de Direito e nós, como cidadãos, que defendemos a Constituição, temos que estar preparados. Não defendo a luta armada, mas, evidentemente, se tiver um golpe eu vou tentar me defender. Não vou aos 67, 68 anos de idade ser preso, torturado e morto. Eu prefiro ser morto lutando”, afirmou.
Após a repercussão, o desembargador apagou a postagem e disse que iria se afastar do Facebook.
Veja a publicação que foi removida pelo desembargador: