O desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco Bartolomeu Bueno afirmou, em publicação feita em uma rede social que "Brasil não sobreviverá com esse governo". A postagem foi feita nesta segunda-feira (10).
"O Brasil não sobreviverá com esse governo. Incluindo todos do Executivo. No Legislativo e no Judiciário se salvam muitos. Não tantos. Pobre Brasil", diz a publicação do desembargador do TJPE.
Declarações
Nos últimos meses, o desembargador do TJPE Bartolomeu Bueno publicou críticas ao Governo Federal. No dia 30 de abril, publicou que "já estão prendendo e torturando e assassinando quem se posiciona contra o atual governo [do presidente Jair Bolsonaro]".
"Nós já estamos vivendo um Estado de Exceção. Já estão prendendo e torturando e assassinando quem se posiciona contra o atual governo. A Policia Federal (um delegado que ousou investigar o ministro Sales, foi exonerado e está sendo ameaçado) e as forças armadas estão aparelhadas pelo governo (os comandantes e oficiais legalistas afastados). Vamos reagir. Os soldados, cabos e graduados e os oficiais de baixa patente ou subalternos (tenentes), estão com o povo. Onde já morreram mais 400 mil só de COVID, com previsão factível para um milhão até o final do ano), morrer mais um milhão ou dois milhões em uma guerrinha civil, não será nada. Estou nessa. Ninguém vai me golpear sem reação", dizia a postagem do desembargador do TJPE, que foi apagada após a repercussão.
Já no dia 13 de abril, o desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) Bartolomeu Bueno fez uma postagem em sua conta pessoal do Facebook em que afirmava que “todos os que têm o poder das armas estão se articulando para golpear o Estado Democrático e Social de Direito do Brasil e rasgar a Constituição em vigor”.
Um dia depois da publica, em entrevista à Rádio Jornal, ele explicou o motivo da publicação e disse que preferia morrer lutando. "Todo dia é uma ameaça ao Estado Democrático e Social de Direito e nós, como cidadãos, que defendemos a Constituição, temos que estar preparados. Não defendo a luta armada, mas, evidentemente, se tiver um golpe eu vou tentar me defender. Não vou aos 67, 68 anos de idade ser preso, torturado e morto. Eu prefiro ser morto lutando”, afirmou.