ATO CONTRA BOLSONARO

Secretário nega que exista movimento bolsonarista na Polícia Militar de Pernambuco para desestabilizar Paulo Câmara

Secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico, participou de entrevista na Rádio Jornal nesta segunda-feira (31)

Gustavo Henrique
Gustavo Henrique
Publicado em 31/05/2021 às 10:50
Bruno Campos/ JC Imagem
FOTO: Bruno Campos/ JC Imagem

Na manhã desta segunda-feira (31), o secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico, concedeu entrevista à Rádio Jornal para falar sobre os acontecimentos que marcaram o protesto contra Jair Bolsonaro no Recife, no último sábado (29). O principal tema da conversa foi a força fora do comum utilizada pelos policiais militares, resultando em pessoas feridas com tiros de bala de borracha.

>>>Aglomeração, violência policial e feridos: veja tudo o que aconteceu no protesto contra Bolsonaro no Recife

>>>Ato no Recife contra governo Bolsonaro gera aglomeração e é dispersado com tiros de balas de borracha pela Polícia

Questionado pelo jornalista Jamildo Melo sobre um possível movimento bolsonarista dentro da Polícia Militar em Pernambuco que teria como objetivo desestabilizar o Governo Estadual, Pedro Eurico afirmou que não acredita que isso esteja acontecendo. "Não creio isso esteja para acontecer ou esteja acontecendo em Pernambuco. Em primeiro lugar porque o chefe da polícia militar é o governador de Pernambuco. Segunda questão é que os coronéis, o comando, tem se pautado, rigorosamente, com respeito à lei. (...) Esse caso é um ponto fora da curva e vai ser investigado, doa a quem doer, custe o que custar. A sociedade merece respostas claras", disse.

Suspeitos afastados e indenização para as famílias

O secretário informou também que os suspeitos foram afastados e já existe inquérito para investigar os crimes. Eurico acrescentou que já entrou em contato com as famílias das vítimas, e que o estado pretende pagar indenização aos parentes.

"É evidente que qualquer ação ela tem que ser moderada, ponderada e tem que buscar sempre o maior potencial possível de redução de dano. (...) A passeata vinha acontecendo de forma pacífica. O governador e o secretário de defesa social, durante três horas, acompanharam e tomaram conhecimento do andamento da passeata. E chegando na ponte Duarte Coelho, aconteceu essa episódio. (...) O governador já determinou imediatamente o afastamento dos suspeitos, foi instaurado o inquérito policial para saber o que aconteceu, como é um crime militar e ao lado disso também o inquérito da polícia civil, porque houve lesão corporal de natureza gravíssima. (...) Por outro lado, recebi uma das famílias agora pela manhã, a outra família deve chegar amanhã pela manhã. (...) Há uma decisão nossa de fazer também uma ação idenizatória pela lesão corporal"