Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, ficou famoso ao dizer que quem mandava era o presidente Jair Bolsonaro e que ele, o ministro da Saúde, apenas obedecia. Mensagens trocadas pelo cabo da PM Luís Eduardo Dominguetti podem apontar que, durante a gestão de Pazuello, outras pessoas podiam mandar. As informações são do blog do Octávio Guedes, no G1.
"A pessoa que tem a caneta é o Roberto Dias, caso ele tenha interesse, o Ministro acata”, escreveu um contato identificado como Guilherme Filho Odilon a Dominguetti. À época, Roberto Dias era subordinado a Pazuello, já que ocupava o cargo de diretor de Logística do Ministério da Saúde. De acordo com as investigações da CPI, Roberto Dias teria sido o responsável por pedir 1 dólar por dose de vacina como propina.
Odilon foi quem colocou Dominguetti no mercado de venda de produtos para a área da saúde. Em outro trecho das mensagens, Odilon também explica a Dominguetti que o tenente-coronel Marcelo Blanco da Costa, assessor do Departamento de Logística, é peça-chave no negócio. "O Blanco abriu a porta, agora é com vocês"
CPI da Covid
No depoimento que prestou aos senadores presentes na CPI da Covid, Dominguetti disse: "Eu fui apresentado ao Diretor de Logística Roberto Dias pelo Coronel Blanco".