
Ex-Ministro da Defesa e ex-presidente da Câmara dos Deputados, o alagoano Aldo Rebelo acompanha com preocupação os desdobramentos da crise causada após o presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz, criticar alguns membros das Forças Armadas e ter recebido, como resposta, uma nota enviada pelos comandantes das três forças dizendo que não aceitam “ataques”.
Em entrevista à Rádio Jornal na manhã desta quinta-feira (8), Rebelo disse que as Forças Armadas devem participar do processo de solução de problemas e não fazer parte do problema.
“As Forças Armadas precisam dizer que não aceitam ofensa, mas que também não ‘nos confundam com aqueles que cometem crimes’, porque a instituição não tem nada a ver com isso”, disse Rebelo.
>>> Senadores veem tentativa de intimidação em carta de comandantes das Forças Armadas.
“As Forças Armadas precisam ajudar na condução da resolução dos problemas e não fazer parte dos problemas. Lamentavelmente, começamos a ver as forças armadas como parte do problema”, completou.
Na opinião do ex-ministro, o presidente do Senado Rodrigo Pacheco tentou colocar “panos quentes”, mas que alguém precisa dizer: “Ninguém vai ganhar no grito. Ninguém vai ofender ninguém. Nem as Forças Armadas vão ser agredidas nem os generais estão acima da lei”. “Todo mundo está subordinado à lei”, defendeu.