Após a invasão do Talibã em Cabul, capital do Afeganistão, no último domingo (16), e o desespero da população para deixar o país, o papa Francisco se manifestou e fez um apelo pelo fim da violência. O grupo fundamentalista islâmico controlando a maior parte do território e o líder número dois do grupo declarou vitória sobre o governo.
"Uno-me à preocupação unânime pela situação no Afeganistão. Peço que rezem comigo ao Deus da paz para que cesse o barulho das armas e possam ser encontradas as soluções à mesa do diálogo", pediu o Papa Francisco.
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O grupo começou a avançar pela nação depois que as tropas internacionais lideradas pelos Estados Unidos e Otan se retiraram do Afeganistão. O Papa Francisco prezou pela solução sem violência. "Só assim a população martirizada deste país, homens, mulheres, idosos, crianças, poderá voltar às suas casas, viver em paz e segurança, no pleno respeito recíproco'', concluiu o Pontífice.
Nações pedem segurança
O governo dos Estados Unidos, em declaração conjunta com mais 60 países, pediu que o Talibã garanta a partida segura de pessoas que queiram deixar o Afeganistão, após o presidente Ashraf Ghani deixar o país e administração dele perder, em termos efetivos, o controle do governo. As forças do Talibã chegaram à capital Cabul após terem tomado controle de 31 das 34 capitais das províncias.
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“Os que ocupam posições de poder e autoridade em todo o Afeganistão têm a responsabilidade — e a obrigação — de arcar com as consequências acerca da proteção da vida humana e de propriedade, bem como sobre a imediata retomada da segurança e da ordem civil”, diz trecho do pedido.