O Tribunal de Justiça do Amazonas concedeu uma liminar determinando que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) exclua postagens feitas no Facebook, no Twitter e no Instagram que associam o senador Omar Aziz (PSD-AM) à pedofilia. O filho do presidente Jair Bolsonaro tem até 72 horas para cumprir a decisão, sob pena de multa de R$ 5 mil. No entanto, ele pode recorrer. De acordo com a juíza Maria do Perpétuo Socorro da Silva Menezes, é objetivo da liminar é "evitar dano de difícil reparação".
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O UOL, parceiro do Sistema Jornal do Commercio, entrou em contato com o gabinete de Eduardo Bolsonaro e com a assessoria de Omar Aziz para pedir um posicionamento sobre a decisão e aguarda retorno. Assim que as respostas forem enviadas, a matéria será atualizada.
Pelo raciocínio de Omar Aziz, se a deputada alemã @Beatrix_vStorch é nazista por conta de seu avô, então os netos de Omar seria pedófilos?
*Abaixo: vídeo da deputada cobrando no Parlamento Europeu que a UE se aproxime de Israel e defenda os judeus contra terroristas do Hezbollah pic.twitter.com/reoswBvUws
— Eduardo Bolsonaro (@BolsonaroSP) August 4, 2021
Entenda o caso
As três postagens feitas nos perfis oficias de Eduardo Bolsonaro são idênticas e contêm um vídeo com uma fala de Omar Aziz na CPI da Covid, que tem o senador como presidente. Na ocasião, ele critica o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por ter se encontrado com a deputada alemã Beatrix von Storch, do partido ultranacionalista Alternativa para a Alemanha (AfD).
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A sigla é conhecida na Alemanha por causa de posturas xenofóbicas em relações aos migrantes que chegam à União Europeia e também por liderar os protestos negacionistas durante a pandemia de covid-19.
"Pelo raciocínio de Omar Aziz, se a deputada alemã Beatrix von Storch é nazista por conta de seu avô, então os netos de Omar seria pedófilos?", escreveu Eduardo em 4 de agosto de 2021.