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Justiça manda Eduardo Bolsonaro excluir publicações que associam senador Omar Aziz à pedofilia

A decisão foi tomada pela juíza Maria do Perpétuo Socorro da Silva Menezes do Tribunal de Justiça do Amazonas

Com informações do UOL
Com informações do UOL
Publicado em 19/08/2021 às 14:00
Wilson Dias/Agência Brasil
FOTO: Wilson Dias/Agência Brasil

O Tribunal de Justiça do Amazonas concedeu uma liminar determinando que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) exclua postagens feitas no Facebook, no Twitter e no Instagram que associam o senador Omar Aziz (PSD-AM) à pedofilia. O filho do presidente Jair Bolsonaro tem até 72 horas para cumprir a decisão, sob pena de multa de R$ 5 mil. No entanto, ele pode recorrer. De acordo com a juíza Maria do Perpétuo Socorro da Silva Menezes, é objetivo da liminar é "evitar dano de difícil reparação".

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O UOL, parceiro do Sistema Jornal do Commercio, entrou em contato com o gabinete de Eduardo Bolsonaro e com a assessoria de Omar Aziz para pedir um posicionamento sobre a decisão e aguarda retorno. Assim que as respostas forem enviadas, a matéria será atualizada.

 

Entenda o caso

As três postagens feitas nos perfis oficias de Eduardo Bolsonaro são idênticas e contêm um vídeo com uma fala de Omar Aziz na CPI da Covid, que tem o senador como presidente. Na ocasião, ele critica o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por ter se encontrado com a deputada alemã Beatrix von Storch, do partido ultranacionalista Alternativa para a Alemanha (AfD).

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A sigla é conhecida na Alemanha por causa de posturas xenofóbicas em relações aos migrantes que chegam à União Europeia e também por liderar os protestos negacionistas durante a pandemia de covid-19.

"Pelo raciocínio de Omar Aziz, se a deputada alemã Beatrix von Storch é nazista por conta de seu avô, então os netos de Omar seria pedófilos?", escreveu Eduardo em 4 de agosto de 2021.