Durante a entrevista ao comunicador Geraldo Freire, na Primeira Página da Rádio Jornal, nesta quinta-feira (26), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) falou sobre a decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que rejeitou o pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido havia sido apresentado pelo presidente, em caráter pessoal, e será arquivado. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (25).
“Os poderes são independentes. Eu entrei com uma ação com o intuito do processo ir avante. Nem vou dizer caçar ou não o ministro Alexandre de Moraes. O presidente do Senado, o senhor Pacheco, entendeu e acolheu uma decisão da advocacia do Senado. Agora, quando chegou uma ordem do ministro Barroso para abrir a CPI da Covid ele mandou abrir e ponto final. Ele agiu de forma diferente da que agiu no passado. Vocês sabem que nessa briga eu estou praticamente sozinho", comentou o presidente. “Lamento a posição de Rodrigo Pacheco no dia de ontem, mas continuaremos no limite buscando a liberdade para o nosso povo”, completou Bolsonaro.
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Pacheco explicou que submeteu a denúncia de Bolsonaro contra Moraes à Advocacia do Senado, que emitiu um parecer técnico considerando a peça sem adequação legal. Além do aspecto jurídico, Pacheco justificou a decisão citando a preservação da independência entre os Poderes, e disse acreditar que ela é uma chance para que as crises institucionais sejam deixadas para trás.
Críticas ao ministro do STF
Para Bolsonaro, o ministro Alexandre Moraes ignora a Constituição. "Ele abriu um inquérito de fake news, que nem está tipificado no código penal, e simplesmente começa a investigar qualquer um, prende, tira a liberdade (...) baseado em matérias que esses caras botaram nas mídias sociais ou em pronunciamentos. E a nossa Constituição é bem clara sobre sua liberdade de expressão. Se você erra, extrapola, qualquer um entra na Justiça e vai pedir danos morais, ressarcimento, e nunca prender as pessoas", criticou Bolsonaro.
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