Desde o início do ano, o Grande Recife já registrou 200 pessoas que foram baleadas dentro de suas casas. O número alto se mostra ainda mais alarmante quando comparado com a situação do ano passado. É que, apesar de o 9º mês do ano ainda não ter terminado, os registros já se aproximam de todo o acumulado de 2020, que foi de 212. No Rio de Janeiro, cidade famosa pela criminalidade, foram 31 vítimas no ano passado. Os dados são do projeto Fogo Cruzado. "Não pode haver plano de convivência com a violência letal. É preciso que a violência letal seja combatida", defendeu em entrevista ao Passando a Limpo a coordenadora do Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop).
"Esses números falam muito sobre os crimes de proximidade. E não acho tão difícil de haver combate neste tipo de crime. A Polícia precisa usar a inteligência e desenvolver estratégias. Essas pessoas que são baleadas já vêm sendo ameaçadas. São pessoas marcadas para morrer. É preciso inteligência, reforçar as prevenções aos grupos vulneráveis, como ex-presidiários, por exemplo. Existem listas de pessoas marcadas para morrer, é preciso haver prevenção para essas pessoas", afirmou Edna.