DIREITOS

Atriz Jennifer Lawrence, que está grávida, vai a protesto pró-aborto nos EUA com a artista Amy Schumer

Atrizes participaram da Marcha das Mulheres, que cobra o direito ao aborto legal

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 03/10/2021 às 18:54
Reprodução/Rádio Jornal
FOTO: Reprodução/Rádio Jornal

Neste sábado (2), milhares de pessoas foram às ruas em centenas de protestos espalhados pelos Estados Unidos pelo direito ao aborto legal. Quem também compareceu ao ato foram as atrizes americanas Jennifer Lawrence, de 31 anos, que anunciou que está grávida em setembro, e Amy Schumer, de 40 anos. As artistas participaram da Marcha das Mulheres realizada em Washington.

A atriz Amy Schumer foi submetida recentemente a uma cirurgia para retirar o útero por conta de uma condição grave de endometriose. No Instagram, Amy compartilhou uma foto ao lado de Lawrence com a legenda: "Não tenho útero e Jennifer está grávida, mas estamos aqui".

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Na imagem, a atriz e humorista segura uma placa com a frase "Aborto é essencial". Já Jennifer Lawrence participou da Marcha das Mulheres com um cartaz com a seguinte mensagem: "As mulheres não podem ser livres se não controlarem seus corpos."

Protestos no país pelo aborto legal

Em setembro de 2021, o estado do Texas promulgou uma lei que impede o aborto legal após seis semanas de gestação, sem abrir exceções nem em casos de incesto ou estupro. Além disso, com a nova legislação, qualquer cidadão pode denunciar quem ajude uma grávida a interromper a gestação nestas condições.

A lei, considerada um retrocesso por defensores do direito ao aborto legal, influenciou para as manifestações deste sábado nos Estados Unidos ganhassem mais coro. Cerca de 600 mobilizações foram realizadas simultaneamente em todo o país. É a primeira edição da Marcha das Mulheres do governo do presidente Joe Biden.

Na sexta-feira (1º), o governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu a um juiz federal que bloqueie rapidamente a nova legislação do Texas. O procurador-geral adjunto Brian Netter, que defendeu a revogação do artigo em um tribunal na cidade de Austin, disse que o texto representa "uma ameaça aberta ao Estado de Direito" e que viola a Constituição do país.