Pandemia do novo coronavírus

Recife e outras 23 capitais estão fora da zona de alerta crítico de ocupação em leitos de UTI para covid-19

No caso da capital pernambucana, todos os leitos municipais de UTI covid-19 já foram desativados

Gabriel dos Santos Araujo Dias
Gabriel dos Santos Araujo Dias
Publicado em 19/10/2021 às 11:05
Tião Siqueira /TV Jornal
FOTO: Tião Siqueira /TV Jornal

O novo Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz sinalizou que, nas duas últimas semanas epidemiológicas, a queda dos indicadores da mortalidade, incidência de novos casos novos de covid-19 e no índice de positividade de testes de diagnóstico vem tendo uma redução de velocidade. Os dados mostram que, enquanto em agosto e setembro, aconteceu uma redução média de 2% de nos casos e óbitos por dia, entre 26 de setembro e 9 de outubro, a queda foi de 0,5% em casos e 1,2% em óbitos.

A taxa de letalidade continua em torno de 3% e permanece alta em relação a outros países. Além disso, foi observada uma tendência de estabilização de alguns desses indicadores, o que indica a permanência da transmissão do coronavírus, mas com menor impacto na geração de quadros graves, internações e óbitos por covid-19.

As taxas de ocupação de leitos de terapia intensiva (UTI) para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) permanece em patamares baixos em praticamente todo o País. Na comparação de dados do dia 11 de outubro com os do dia 4 de outubro, o levantamento da Fiocruz destaca a reversão da tendência de crescimento do indicador que vinha sendo observada no estado do Espírito Santo nas três semanas anteriores.

O Espírito Santo, deste modo, permanece na zona de alerta intermediário, mas a taxa caiu de 75% para 65%. O Distrito Federal é outra região que levanta preocupação, mantendo-se na zona de alerta crítico, com taxa ainda mais elevada. Na última semana, passou de 83% para 89%. Adicionalmente, observou-se uma elevação expressiva do indicador no Ceará (32% para 48%).

Redução de leitos

Foram registradas reduções nos leitos de UTI covid-19 para adultos no SUS em Rondônia, Amazonas, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal. Além disso, leitos que já não vinham sendo contabilizados no Maranhão voltaram a ser contabilizados, explicando parcialmente a queda do indicador no estado de 32% para 14%.

No balanço geral, considerando a taxa de ocupação de UTI covid-19, o Distrito Federal está na zona de alerta crítico (89%), o Espírito Santo está na zona de alerta intermediário (65%) e os 25 demais estados estão fora da zona de alerta: Rondônia (36%), Acre (6%), Amazonas (24%), Roraima (27%), Pará (23%), Amapá (11%), Tocantins (27%), Maranhão (14%), Piauí (52%), Ceará (482%), Rio Grande do Norte (35%), Paraíba (25%), Pernambuco (51%), Alagoas (30%), Sergipe (18%), Bahia (28%), Minas Gerais (23%), Rio de Janeiro (44%), São Paulo (30%), Paraná (46%), Santa Catarina (42%), Rio Grande do Sul (56%), Mato Grosso do Sul (20%), Mato Grosso (31%) e Goiás (49%).

Covid-19: veja as capitais fora da zona de alerta

Entre as capitais, Brasília (89%) permanece na zona de alerta crítico, e Vitória (63%) e Porto Alegre (63%) na zona de alerta intermediário. Porto Velho e a cidade do Rio de Janeiro deixam a zona de alerta, valendo destacar que, na última, isto ocorre pela primeira vez desde que os pesquisadores do boletim começaram começamos a monitorar o indicador, em julho de 2021.

Vinte e quatro capitais estão fora da zona de alerta em relação à taxa de ocupação de leitos dedicados à covid-19. São elas: Porto Velho (57%), Rio Branco (6%), Manaus (57%), Boa Vista (27%), Belém (0%), Macapá (12%), Palmas (39%), São Luís (8%), Teresina (51%), Fortaleza (39%), Natal (37%), João Pessoa (24%), Recife (todos os leitos municipais de UTI covid-19 já foram desativados), Maceió (51%), Aracaju (18%), Salvador (26%), Belo Horizonte (50%), Rio de Janeiro (59%), São Paulo (38%), Florianópolis (57%), Campo Grande (21%), Cuiabá (40%) e Goiânia (39%).