A CPI da covid-19 deve pedir que redes sociais derrubem perfis do presidente Jair Bolsonaro, onde ele tem publicado fake news. A informação foi dada pelo vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). A declaração do congressista foi dada após a chocante tentativa de Bolsonaro relacionar vacinas contra o novo coronavírus com contaminação da AIDS. Felizmente, o argumento mentiroso do presidente foi desmentido por médicos e até pelo governo do Reino Unido.
"Temos um delinquente contumaz na Presidência da República! Informo que incluiremos, no relatório da CPI, a fala mentirosa e absurda de Bolsonaro associando a vacina contra a COVID-19 à AIDS", tuitou Randolfe Rodrigues nesta segunda-feira (25).
Inquérito das fake news
Além disso, de acordo com Rodrigues, a CPI quer mais. Relator do inquérito das fake news, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes deve receber um ofício para investigar a mais recente mentira dita por Bolsonaro contra a vacinação no país.
Além disso, encaminharemos ofício ao Ministro Alexandre de Moraes, pedindo que Bolsonaro seja investigado por esse absurdo no âmbito do inquérito das fake news e recomendaremos às plataformas de redes sociais a suspensão e/ou o banimento do Presidente.
— Randolfe Rodrigues (@randolfeap) October 25, 2021
O senador ainda não detalhou quando deve fazer os pedidos a Alexandre de Moraes e às redes sociais.
Entenda o caso
Na última quinta-feira (21), Bolsonaro transmitiu uma live no Facebook onde disse - de forma mentirosa - que um relatório do Reino Unido estava identificando que pessoas vacinadas contra a covid-19 estavam sendo diagnosticadas com AIDS. A informação foi desmentida pelo governo do Reino Unido que disse que a mentira foi criada po um site especializado em produção de fake news.
Médicos especializados no assunto também afastaram a possibilidade levantada pelo presidente. "Não existe NENHUMA possibilidade de vacina causar AIDS. ZERO. Qualquer que seja a vacina. É isso que precisa ser divulgado de forma clara e direta", disse o médico sanitarista, professor e pesquisador da Universidade de São Paulo, Daniel Dourado.