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IFood diz que vai ressarcir empresas que tiveram nomes trocados por invasor pró-Bolsonaro, diz jornal

Invasão no Ifood aconteceu na noite da última terça-feira (2)

Gabriel dos Santos Araujo Dias
Gabriel dos Santos Araujo Dias
Publicado em 04/11/2021 às 8:42
MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL
FOTO: MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL

Após o iFood ser invadido e ter nomes de restaurantes trocados por frases em apoio ao presidente Jair Bolsonaro, a plataforma promete, agora, que vai ressarcir empresas prejudicadas. O ataque aconteceu na última terça-feira (2). Além de conteúdo pró-Bolsonaro, o invasor também fez ataques à vacinação contra a covid-19 e a vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, morta em 2018.

Há relatos de que muitos clientes desistiram de efetivar compras em estabelecimentos que tiveram os nomes modificados, o que causou revolta de donos de bares e restaurantes. "Bolsonaro 2022" e "Marielle Franco Peneira" eram alguns dos termos que podiam ser lidos pelos usuários ao tentarem comprar no aplicativo, em cidades como Florianópolis, Salvador, Natal, Criciúma e no ABC Paulista.

"Recebemos com preocupação a notícia. Além dos óbvios prejuízos financeiros, que esperamos que sejam compensados pelo app, e de imagem para os estabelecimentos, o que chama a atenção é a fragilidade demonstrada. Menos mal que a resposta tenha sido rápida, identificando e resolvendo o problema antes que os prejuízos se avolumassem", disse a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), segundo a Folha de São Paulo.

O que diz o iFood?

De acordo com a plataforma, o ataque foi perpetrado por um operador de atendimento de uma prestadora de serviços que tinha permissão para modificar dados dos estabelecimentos cadastrados no iFood. Os cardápios não foram modificados nem os dados dos usuários foram acessados, segundo nota enviada pelo aplicativo.

Segundo reportagem da Folha de São Paulo, os impactos estão sendo calculados e o iFood prometeu ressarcir as empresas.