HUMORISTA

Em biografia, Whindersson Nunes desabafa sobre luta contra drogas: "não desejo isso para ninguém"

O humorista Whindersson Nunes falou sobre o uso abusivo de drogas ilícitas em sua biografia "Vivendo como um guerreiro"

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 16/12/2021 às 0:00 | Atualizado em 16/12/2021 às 16:38
Notícia
Reprodução/ Twitter
Humorista Whindersson Nunes - FOTO: Reprodução/ Twitter

O ator e humorista Whindersson Nunes, de 26 anos, lançou recentemente sua biografia intitulada "Vivendo como um guerreiro". No livro, o piauiense desabafou sobre sua luta contra o uso de drogas. Ele revelou que usava as substâncias ilícitas antes mesmo de conhecer a cantora Luísa Sonza, em meados de 2017. 

Whindersson tem rodado o Brasil para participar de sessões de autógrafo de sua biografia e falar sobre o livro. 

Luísa Sonza 

O tema é abordado no último capítulo da biografia, intitulado "Fim de Conversa". Whindersson também fez questão de apontar no livro que Luísa Sonza não foi a responsável pelo seu vício. 

"Não havia mais intervalo entre as drogas. Eu acordava e desacordava para a vida. Eram drogas e mais drogas tentando estancar sei lá o quê. Um mês. Um mês, e eu tenho a certeza de que não foi a Luísa a culpada. E não foi por ela que eu me lancei nesse abismo. Foi por mim. Foi por um buraco dentro de mim. Foi pela ausência das certezas da minha vida", contou Whindersson no livro.

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Reprodução/instagram
Whindersson Nunes e Luísa Sonza - Reprodução/instagram

Em um trecho, o ator usa um termo que pode ser interpretado como uma referência à música "Penhasco" em que Luísa desabafa sobre o fim do relacionamento entre os dois. 

"Quando acabou com a Luísa, eu também tive o meu penhasco. A minha forma de lidar com essas situações é muito minha. Eu falo com o silêncio. Eu falo com o recolhimento. E, às vezes, falo errado. Reconheço que errei. Que as drogas foram me destruindo. Quando acabou com a Luísa, era o comecinho da pandemia. Estar sozinho, não sair de casa, me levou a uma viagem que não é uma boa viagem. Sem saber o que fazer, na minha cabeça, para terminar a viagem, eu tive que terminar do jeito que eu comecei. E, dessa vez, foi muito pior", detalhou o humorista. 

Whindersson Nunes contou que no dia em que conheceu Luísa Sonza, com quem se casou em 2018 e terminou o relacionamento em 2020, ele estava sobe efeito de drogas.

"Eu a conheci em 2017. No dia em que eu encontrei a Luísa, eu estava virado de droga, não estava bem, estava em busca do que eu não sabia. Eu vinha de outro término, enfim, essa área da vida eu não domino mesmo, como podem perceber. Quando a vi, pela primeira vez, eu a vi no efeito da droga. Eu a vi meio que brilhando. Foi o começo de uma viagem. Uma viagem de alguém que tem um instinto de professor. Eu queria passar tudo para ela. Eu queria que ela desse certo na vida", afirma o humorista no livro. 

Consumo excessivo de drogas sintéticas  

Na biografia, Whindersson diz que usava LSD, ecstasy e outras drogas. "Bala, LSD em doses cavalares e algumas outras. Eu sofria tanto e achava que eu merecia. E o foco da minha vida virou nada, nas noites que não amanheciam. A sensação, às vezes, era de um descolar da alma do corpo. E o nada me fazia companhia. As drogas aumentaram as minhas paranoias. Medo das violências, medo das invasões da minha vida. E o pânico. Meu Deus?! Não desejo isso para ninguém. Meu cérebro derretendo. Minhas noites indormidas, virando de um lado para outro. Acusando o chão de não me caber. Tudo muito sofrido", disse.

 

Humorista cogitou internação 

Ainda no capítulo "Fim de Conversa", Whindersson Nunes contou que sentia medo de que a fase em que abusou das drogas voltasse e cogitou se internar, mas foi aconselhado pelos amigos a não tomar a decisão.

"Eu, às vezes, pensava que eu devia me internar. E meus amigos diziam que isso seria um prato cheio para a mídia. E também não queria que isso fosse um prato cheio para que as pessoas culpassem a Luísa. Não. Definitivamente, a culpa não foi da Luísa", afirmou.

O humorista ainda confessou que conhecer Maria, com quem ficou noivo e teve um filho, que faleceu logo após o nascimento, foi importante para que ele pudesse organizar sua vida.

"Não digo que alguém surge na nossa vida para resolver a nossa vida. Mas sou grato à Maria. Foi nessa viagem sem fim que conheci Maria. As minhas bagunças precisavam ser arrumadas. Eu fiquei envergonhado de estar naquela situação. E fui me arrumando", disse. 

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