“Empreender é persistir”, assim a jovem Jéssica Maria define sua jornada como empresária de uma revenda de joias chamada Pra.Prata. Investir no próprio negócio tem sido a opção de muitos dos jovens brasileiros.
Por vocação ou por falta de oportunidades interessantes no mercado de trabalho, cada vez mais a juventude tem desenvolvido iniciativas empreendedoras, ganho mercado e conquistado sua própria renda.
Para capacitar e dar maior projeção a eles, o Instituto JCPM se uniu ao RioMar e, a partir do Quiosque Social, cedeu espaço a quatro marcas de mulheres jovens das comunidades do Pina e de Brasília Teimosa para, até o próximo dia 16, estarem no shopping comercializando os itens e projetando seus nomes junto aos milhares de consumidores que circulam diariamente no local.
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O quiosque fica localizado no PISO L1 do mall, próximo da loja Boticário.
A ação faz parte do Projeto Jovens Empreendedores e teve início em maio de 2021 e segue até março deste ano visando impulsionar as atividades comerciais já desenvolvidas nas comunidades. Foi dividido nas seguintes áreas: Introdução ao empreendedorismo; Planejamento financeiro do negócio; Estratégias Digitais; e Estratégias comerciais do empreendedorismo.
Dentro da turma, além de Jéssica, da Pra. Prata, foram selecionadas as marcas de Feito por dois e Edrielly Cake, ambas de alimentação, e a ShopLiviaa, que atua com papelaria. Atualmente, grande parte da venda dessas empresas é feita através da rede social, sendo essa para a maioria a primeira experiência de varejo com contato direto com o consumidor.
Raíssa Castro, advogada por formação, resolveu mudar a trajetória profissional e apostar no talento para confecção de doces. O marido, então militar, também estava repensando a carreira e se formou em gastronomia. Juntos, fundaram a Feito por dois em plena pandemia e apostaram na força das redes sociais para as primeiras vendas de doces e bolos, cujo carro-chefe é uma torta de Chantininho.
“Começamos vendendo por delivery apenas nos finais de semana. Fomos nos aperfeiçoando, fazendo cursos. Aqui no quiosque percebemos um público bem diverso, onde o atendimento faz a diferença na hora da venda”, comenta.
Jéssica, da Pra.Prata, deu os primeiros passos no próprio negócio a partir do dinheiro do auxílio emergencial. Sua experiência profissional era no varejo de atacado que, com a pandemia, precisou reduzir quadros. “Hoje, posso dizer que minha renda é quatro vezes maior do que no período de funcionária.
É preciso persistir, ter cuidado com as contas. Nas aulas de empreendedorismo, aprendi muito sobre custos. Muitas vezes, a gente esquece de contabilizar aqueles pequenos gastos, como Uber para pegar mercadoria, por exemplo. Saber fazer a gestão é importante”. É possível encontrar produtos entre R$ 15,00 e R$ 249,00 na loja de Jéssica.
Edrielly Santana é outro exemplo. Um desligamento em meio à pandemia impulsionou novos caminhos. “Cheguei a gerenciar um bar, comecei administração, mas não prossegui. Havia uma distância grande entre a teoria e a prática. Com o fechamento por conta da Covid, passei a apostar em algo que eu fazia por hobby que era a produção de doces e salgados.
“Fazia muito para meus amigos até que um dia resolvi testar receber encomendas. No Dia das Mães recebi 15 pedidos e deu tudo certo. A partir desse momento, peguei minha rescisão e comecei a investir. O que mais tenho gostado do Quiosque é ter o contato direto com o cliente. Hoje, minha casa é dividida entre a parte de produção e moradia”, comenta.
As histórias têm um ponto em comum: são jovens com poucos recursos, onde quase não há margem para erros e atuam, majoritariamente, sozinhas porque ainda não é possível ter equipe.
Outra marca presente no Projeto Jovens Empreendedores do Instituto é a Shop Liviaa. Para Eduarda Livia da Silva comercializar produtos não é uma novidade. Ela começou aos 15 anos quando revendia trufas de chocolate na escola para ter renda própria.
Hoje, com 26 anos, ela se voltou ao empreendedorismo depois de 8 anos trabalhando no RioMar, local onde acumulou experiência em várias funções.
“Tenho uma loja em casa e o atendimento no Instagran. Mas a projeção dentro de um shopping é outra. Impactou até minhas redes sociais”, conta Eduarda que, além da papelaria geral, com temáticas diversas, tem apostado agora em material personalizado para empresas.