FORÇAS ARMADAS

Militares devem se vacinar contra covid-19 e não podem compartilhar fake news, recomenda Exército

Orientação do comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira de Araújo, diverge do do presidente Bolsonaro, que é contrário à exigência da imunização contra a covid-19

Gabriel dos Santos
Gabriel dos Santos
Publicado em 07/01/2022 às 7:21 | Atualizado em 07/01/2022 às 7:32
MARCOS CORRÊA/PR
COMANDANTE Orientações do general Paulo Sérgio se chocacaram com posicionamentos do presidente - FOTO: MARCOS CORRÊA/PR

O comandante do Exército Brasileiro divulgou uma nova diretriz para combater a covid-19, em meio ao aumento no número de casos da doença no país. Entre as orientações que os militares devem seguir, estão a vacinação para quem voltar ao trabalho presencial, o distanciamento e o uso de máscaras. Além disso, o comando proíbe o compartilhar fake news sobre a pandemia. O documento, assinado pelo comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, é do dia 3 de janeiro.

Segundo o texto, "não deverá haver difusão de mensagens em redes sociais sem confirmação da fonte e da veracidade da informação". "Além disso, os militares deverão orientar os seus familiares e outras pessoas que compartilham do seu convívio para que tenham a mesma conduta", acrescenta. 

Apenas militares e servidores que estiverem vacinados poderão voltar às atividades presenciais. Inclusive, será necessário respeitar o período de 15 dias após o esquema inicial ter sido completado.

"Avaliar o retorno às atividades presenciais dos militares e dos servidores, desde que respeitado o período de 15 (quinze) dias após imunização contra a COVID-19 (uma ou duas doses, dependendo do imunizante adotado). Os casos omissos sobre cobertura vacinal deverão ser submetidos à apreciação do DGP [Departamento-Geral do Pessoal], para adoção de procedimentos específicos", diz o texto.

Orientação do comandante Paulo Sérgio diverge do discurso do presidente Jair Bolsonaro (PL), que é contra a exigência do imunizante anticovid.