Crime

Caso Beatriz: Polícia faz coletiva para repassar detalhes da identificação do autor do assassinato

A identificação do autor do assassinato da menina Beatriz se deu por meio de análises do banco de perfis genéticos

Giovanna Torreão Adige Silva
Giovanna Torreão
Adige Silva
Publicado em 11/01/2022 às 19:16 | Atualizado em 11/01/2022 às 21:30
Notícia
Reprodução/ Facebook
A menina Beatriz Angélica Mota foi assassinada com 42 facadas em dezembro de 2015 - FOTO: Reprodução/ Facebook

A Polícia Civil de Pernambuco divulgou, no início da noite desta terça-feira (11), a identificação do autor do assassinato da menina Beatriz Angélica Mota mais de 6 anos após o crime. Beatriz foi morta aos 7 anos com 42 facadas durante uma festa de formatura da escola em que estudava na cidade de Petrolina, no Sertão Pernambuco. 

De acordo com a corporação, o reconhecimento do suspeito se deu por meio de análises do banco de perfis genéticos do Instituto de Genética Forense Eduardo Campos, realizadas nesta terça, que identificou o DNA recolhido na faca utilizada no crime.

O homem, que se encontra preso por outros delitos em uma unidade prisional do Estado, ao ser ouvido pelos delegados da Força Tarefa, confessou o assassinato e foi indiciado.

>> Caso Beatriz: Grupo do MPPE decide fazer investigação complementar em busca de assassino

>> Paulo Câmara assina demissão de perito criminal do Caso Beatriz

A Polícia Civil informou ainda que os detalhes da operação que levou até a identificação do suspeito serão apresentados nesta quarta-feira (12), em coletiva de imprensa, na sede da Secretaria de Defesa Social (SDS-PE), no bairro de Santo Amaro, Centro do Recife.

Na ocasião, serão apresentadas as provas técnicas do caso, que foi solucionado com base em exames de DNA na arma do crime.

Veja a nota da Polícia Civil na íntegra: 

A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, por meio do trabalho conjunto das forças estaduais de segurança pública, chegou, nesta terça-feira (11), ao autor do assassinato da menina Beatriz Angélica Mota, ocorrido em 2015, em Petrolina. Por determinação do governador Paulo Câmara, a Força Tarefa - criada em 2019 para investigar o caso foi mantida mobilizada até a elucidação deste crime.

A equipe revisitou todo o inquérito e realizou novas diligências. A identificação do suspeito se deu por meio de análises do banco de perfis genéticos do Instituto de Genética Forense Eduardo Campos, realizadas no dia de hoje, que identificou o DNA recolhido na faca utilizada no crime.

Em confrontação de perfis genéticos do banco, chegou-se ao DNA do suspeito, que se encontra preso por outros delitos em uma unidade prisional do Estado. Ao ser ouvido pelos delegados da Força Tarefa, confessou o assassinato e foi indiciado.

Outras informações serão fornecidas na coletiva que será realizada, nesta quarta-feira (12), às 9h, no auditório da SDS, com representantes da Polícia Civil, Polícia Científica e Ministério Público de Pernambuco.

Relembre o caso Beatriz

Beatriz Angélica Mota foi morta no dia 10 de dezembro de 2015, aos 7 anos, durante uma festa de formatura da escola em que estudava na cidade de Petrolina, no Sertão Pernambuco. O pai da menina era professor da escola. 

A criança desapareceu quando avisou à mãe que iria beber água. Após estranhar a demora da filha, as pessoas começaram a procurar pela menina, que foi encontrar morta com 42 facadas, dentro de uma sala desativada.

O caso se arrastava há mais de 6 anos. A mãe de Beatriz, Lucinha Mota, nunca desistiu de lutar por justiça pelo assassinato da filha e realizou diversas manifestações ao longo dos últimos anos. 

No final de 2021, ela fez uma romaria, saindo de Petrolina até a capital pernambucana para cobrar pessoalmente ao governador de Pernambuco, Paulo Câmara, pelo desfecho do caso. 

Comentários