CRIME

Tráfico internacional de órgãos: PF investiga envio de mão e placentas humanas para designer em Singapura

Segundo as investigações, suspeito enviou órgãos humanos plastinados para Singapura

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 22/02/2022 às 14:40 | Atualizado em 22/02/2022 às 14:49
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PF/Divulgação
PF investiga tráfico internacional de órgãos humanos - FOTO: PF/Divulgação

Um caso inusitado de tráfico internacional de órgãos humanos está sendo investigado pela Polícia Federal. Nesta terça-feira (22), a PF deflagrou a Operação Plastina para apurar a suspeita de envio de uma mão e três placentas de origem humanas de Manaus, capital do Amazonas, para Singapura. 

De acordo com a Polícia Federal, há indícios de que a encomenda contendo o material humano foi enviada para um famoso designer indonésio que vende acessórios e peças de roupas utilizando materiais de origem humana.

Segundo as investigações, o suspeito, que não teve a identidade revelada, enviou órgãos humanos plastinados para Singapura.

A plastinação é um procedimento técnico e moderno de preservação de matéria biológica. Ele consiste basicamente em extrair os líquidos corporais (água e soluções fixadoras) e os lipídios, através de métodos químicos, substituindo-os por resinas plásticas, como silicone, poliéster e epóxi, resultando em tecidos secos, inodoros e duráveis.

Operação Plastina 

A ação da PF visa cumprir dois mandados de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da SJAM, sendo um na residência do investigado e outro no Laboratório de Anatomia de uma Universidade do Estado. Também foi cumprido um mandado de afastamento de função pública.

 

Se condenado, o investigado poderá responder, na medida de sua responsabilidade, pelo crime de tráfico internacional de órgãos humanos, com pena de até 8 anos de reclusão.

O nome da operação é uma alusão ao procedimento utilizado pelo investigado para conservar os órgãos traficados.

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