Pandemia do Novo Coronavírus

PANDEMIA: Médico tira dúvidas sobre terceira dose, novas ondas de contaminação e comenta situação da China; ouça

Para o vice-diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Jarbas Barbosa, terceira dose deve ser obrigatória para idosos e pessoas com doenças crônicas

Gabriel dos Santos
Gabriel dos Santos
Publicado em 21/03/2022 às 10:29 | Atualizado em 21/03/2022 às 11:23
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FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL
REFORÇO Imunizantes bivalentes são mais atualizados e contêm mistura de cepas do vírus SarsCov-, garantindo mais proteção contra variantes - FOTO: FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL

O vice-diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Jarbas Barbosa, considera que a terceira dose da vacina contra a covid-19 deve ser obrigatória - sobretudo, para pacientes idosos e com doenças crônicas. O médico respondeu perguntas sobre a atual fase da pandemia do novo coronavírus na manhã desta segunda-feira (21), no Passando a Limpo, da Rádio Jornal.

Terceira dose

Na entrevista, o médico fez questão de reforçar a importância da conclusão do esquema vacinal. Isto é, segundo o especialista, quem quer estar imunizado, deve receber todas as doses a que tem direito e que forem prescritas pelas autoridades de saúde.

"50 milhões ainda não completaram o esquema vacinal. Importante dizer que a terceira dose não é opcional. Principalmente para quem tomou as duas primeiras da vacina CoronaVac, para quem é idoso e para quem tem alguma doença crônica, a terceira dose é obrigatória, porque está comprovado que com duas doses a partir de 5 meses a proteção cai muito. Essas pessoas precisam tomar a terceira dose. A vacina protege contra as formas mais graves e as mortes", explica o médico. 

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Novas ondas?

O especialista respondeu também sobre novas ondas de transmissão do novo coronavírus. "Enquanto houver circulação do vírus, podemos ter novas ondas. Principalmente, quando surge uma nova variante. Outra condição é quando um país relaxa as medidas de uma vez. Isso pode causar o crescimento da transmissão. Por isso, a importância que cada país tenha um sistema de vigilância ativo para identificar e conter novas ondas".

O que ainda vem por ai?

O médico também falou sobre o que podemos esperar para os próximos meses da pandemia. "O que nós temos que acompanhar é primeiro como anda a transmissão na comunidade. O numero de casos e de mortes está aumentando? O percentual de testes que dá positivo? Todos os indicadores ajudam as autoridades a tomarem decisões. Quando a transmissão diminui, se relaxa, mas é importante ter em conta que a pandemia não acabou. Quando uma onda começa a declinar, muita gente acha que a pandemia foi embora. Até que tenha um controle definitivo - e isso não parece estar nos próximos meses -, os países vão ter de manter a vigilância e dosar as medidas de acordo com a transmissão", disse. 

China

"A China tem uma situação diferente. Ela adotou uma estratégia de 'zero caso'. Então, em qualquer sinal de transmissão, eles entram num lockdown forte para evitar transmissão, então, eles não tiveram nenhuma grande onda forte. Nenhuma variante circulou fortemente na China", falou o vice-diretor da Opas. 

Ouça

Ouça aqui a entrevista na íntegra com o vice-diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Jarbas Barbosa:

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