Com informações da Agência Brasil*
O presidente da República, Jair Bolsonaro, vetou nesta quarta-feira (6) o Projeto de Lei Complementar (PLP) 73/2021 batizado de Lei Paulo Gustavo, em homenagem ao ator e comediante que morreu em maio de 2021 vítima da covid-19. A mãe do artista, Déa Lucia, se manifestou após a decisão.
A Lei Paulo Gustavo previa o repasse de R$ 3,86 bilhões do Fundo Nacional de Cultura (FNC) para fomento de atividades e produtos culturais em razão dos efeitos econômicos e sociais da pandemia de covid-19.
Mãe de Paulo Gustavo se manifesta nas redes sociais
Inconformada com a decisão do presidente, Déa Lucia usou seu perfil no Instagram para criticar a decisão de Jair Bolsonaro. Com uma frase curta, a mãe de Paulo Gustavo mostrou sua insatisfação: "Que mico, hein?".
Na imagem da publicação, uma frase "você será vetado" aparece sobre a foto do presidente.
Confira a justificativa para o veto
Veto de Bolsonaro publicado no Diário Oficial da União
O veto ao projeto foi publicado na edição de hoje (6) do Diário Oficial da União. Entre os argumentos utilizados por Bolsonaro para vetar o repasse de recursos, está o de que a medida fere a Lei de Responsabilidade Fiscal, por criar uma despesa prevista no teto de gastos, mas sem a compensação, na forma de redução de despesa, para garantir o cumprimento desse limite.
“Ademais, ao adicionar uma exceção à meta de resultado primário, a proposição legislativa incorreria em compressão das despesas discricionárias que se encontram em níveis criticamente baixos e abrigam dotações orçamentárias necessárias à manutenção da administração pública e à execução de importantes políticas públicas, tais como aquelas relacionadas às áreas de saúde, educação e investimentos públicos, com enrijecimento do orçamento público, o que implicaria dano do ponto de vista fiscal”, diz o veto.
Bolsonaro também argumentou que o setor já foi contemplado com recursos pela Lei Aldir Blanc, que destinou R$ 3 bilhões para atender emergencialmente o segmento e amenizar os impactos da pandemia na atividade cultural.
O veto será analisado agora pelo Congresso Nacional, em data a ser marcada. Deputados e senadores podem mantê-lo, confirmando a decisão do presidente, ou derrubá-lo. Nesse caso, o projeto seria promulgado e viraria uma nova lei.
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