Os Estados Unidos divulgaram nesta quinta-feira (28) um projeto para proibir os cigarros mentolados no país. O plano citou o grande número de fumantes do produto entre os mais jovens e as pessoas negras.
O secretário de Saúde, Xavier Becerra, emitiu uma nota sobre a decisão. "As regras propostas ajudarão a evitar que as crianças se tornem a próxima geração de fumantes e auxiliarão os fumantes adultos a parar", disse.
De acordo com a Food and Drug Administration (FDA), a agência de alimentos e medicamentos dos EUA, a proibição dos cigarros mentolados poderá prevenir entre 300 mil e 650 mil mortes por tabagismo em 40 anos. A informação foi revelada pelo jornal Valor Econômico.
Conforme apontam os estudos, o sabor refrescante do mentol mascara o efeito da fumaça na garanta, tornando mais fácil começar a fumar e mais difícil parar. O que se torna um risco à saúde.
TENTATIVAS DE BARRAR PRODUTO
A FDA enfrentou resistência por diversas vezes ao tentar proibir os cigarros mentolados. A indústria do tabaco, membros do Congresso e interesses políticos conflitantes tanto em governos democratas como republicanos afetaram as medidas.
A Casa Branca estava sendo pressionada legalmente para emitir uma decisão após grupos antitabagismo e de direitos civis terem processado a FDA por adiar de forma "injustificada" ações para banir o mentol.
Agora, a FDA também tentará proibir outros sabores, como uva e morango, dos charutos. O plano, no entanto, ainda é preliminar. A FDA receberá comentários antes de divulgar as regras finais, que ainda poderão ser questionadas judicialmente pelas empresas de tabaco.
Em abril do ano passado, o governo de Joe Biden prometeu banir o mentol em um ano, respondendo em parte a grupos afro-americanos que dizem que os cigarros aumentaram a taxa de morte entre os negros. Cerca de 8% dos fumantes negros opta pelos cigarros mentolados.
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