
O presidente Jair Bolsonaro (PL) falou sobre o assassinato do tesoureiro do PT Marcelo Arruda. No Twitter, o atual presidente disse que dispensa apoio de quem pratica violência, mas aproveitou a fala para atacar a esquerda.
“Independente das apurações, republico essa mensagem de 2018: Dispensamos qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra opositores", destacou Bolsonaro no início do texto.
Em seguida, no entanto, passou a maior parte da publicação criticando os opositores. "A esse tipo de gente, peço que por coerência mude de lado e apoie a esquerda, que acumula um histórico inegável de episódios violentos”, disse Bolsonaro.
Em uma sequência de vários tuítes, Bolsonaro escreveu que a esquerda seria responsável por diferentes crimes.
“É o lado de lá que dá facada, que cospe, que destrói patrimônio, que solta rojão em cinegrafista, que protege terroristas internacionais, que desumaniza pessoas com rótulos e pede fogo nelas, que invade fazendas e mata animais, que empurra um senhor num caminhão em movimento”, continuou.
- Independente das apurações, republico essa mensagem de 2018:
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) July 10, 2022
Dispensamos qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra opositores. A esse tipo de gente, peço que por coerência mude de lado e apoie a esquerda, que acumula um histórico inegável de episódios violentos.
Bolsonaro pede que crime seja investigado
Jair Bolsonaro finalizou a série de publicações dizendo esperar que as autoridades investiguem o assassinato e tomem as providências em relação ao responsável pelo crime e sobre pessoas que estivessem tentando prejudicá-lo com o fato.
“Que as autoridades apurem seriamente o ocorrido e tomem todas as providências cabíveis, assim como contra caluniadores que agem como urubus para tentar nos prejudicar 24 hora por dia", finalizou Bolsonaro.
Entenda o crime
Marcelo Arruda, tesoureiro do PT no Paraná, comemorava seu aniversário de 50 anos, na madrugada deste domingo (10), quando a festa foi invadida pelo policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL).
A festa tinha como tema o PT e o ex-presidente Lula. Jorge José chegou ao local gritando palavras de ordem a favor de Bolsonaro. Nenhum dos convidados presentes conhecia o rapaz.
Guaranho teria apontado a arma para Marcelo e feito ameaças. Ele deixou o local na sequência e retornou, pouco depois, disparando contra Arruda. O guarda municipal revidou os tiros, atingindo o Guaranho.
Marcelo Arruda morreu e, inicialmente, Jorge José também foi dado como morto, mas a delegada responsável pelo caso afirmou que ele sobreviveu.