CRIME POLÍTICO

ASSASSINATO de MARCELO ARRUDA: Bolsonaro diz que dispensa apoio de quem pratica violência

Bolsonaro disse não concordar com violência física contra petistas, após assassinato em Foz do Iguaçu cometido por apoiador

Gabriel dos Santos Rodrigo Fernandes
Gabriel dos Santos
Rodrigo Fernandes
Publicado em 11/07/2022 às 7:25 | Atualizado em 11/07/2022 às 7:35
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Presidente da República, Jair Bolsonaro - FOTO: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (PL) falou sobre o assassinato do tesoureiro do PT Marcelo Arruda. No  Twitter, o atual presidente disse que dispensa apoio de quem pratica violência, mas aproveitou a fala para atacar a esquerda.

“Independente das apurações, republico essa mensagem de 2018: Dispensamos qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra opositores", destacou Bolsonaro no início do texto.

Em seguida, no entanto, passou a maior parte da publicação criticando os opositores. "A esse tipo de gente, peço que por coerência mude de lado e apoie a esquerda, que acumula um histórico inegável de episódios violentos”, disse Bolsonaro.

Em uma sequência de vários tuítes, Bolsonaro escreveu que a esquerda seria responsável por diferentes crimes.

“É o lado de lá que dá facada, que cospe, que destrói patrimônio, que solta rojão em cinegrafista, que protege terroristas internacionais, que desumaniza pessoas com rótulos e pede fogo nelas, que invade fazendas e mata animais, que empurra um senhor num caminhão em movimento”, continuou.

Bolsonaro pede que crime seja investigado

Jair Bolsonaro finalizou a série de publicações dizendo esperar que as autoridades investiguem o assassinato e tomem as providências em relação ao responsável pelo crime e sobre pessoas que estivessem tentando prejudicá-lo com o fato.

“Que as autoridades apurem seriamente o ocorrido e tomem todas as providências cabíveis, assim como contra caluniadores que agem como urubus para tentar nos prejudicar 24 hora por dia", finalizou Bolsonaro.

Entenda o crime

Marcelo Arruda, tesoureiro do PT no Paraná, comemorava seu aniversário de 50 anos, na madrugada deste domingo (10), quando a festa foi invadida pelo policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL).

A festa tinha como tema o PT e o ex-presidente Lula. Jorge José chegou ao local gritando palavras de ordem a favor de Bolsonaro. Nenhum dos convidados presentes conhecia o rapaz.

Guaranho teria apontado a arma para Marcelo e feito ameaças. Ele deixou o local na sequência e retornou, pouco depois, disparando contra Arruda. O guarda municipal revidou os tiros, atingindo o Guaranho.

Marcelo Arruda morreu e, inicialmente, Jorge José também foi dado como morto, mas a delegada responsável pelo caso afirmou que ele sobreviveu.