Sancionado no início de agosto, o empréstimo Auxílio Brasil ainda não está disponível para os beneficiários, mas já está ameaçado. A lei enfrenta muita rejeição por especialistas e pode se tornar crime em 2023.
Isto porque um dos principais candidatos à Presidência apresentou forte oposição ao empréstimo Auxílio Brasil e pretende torná-lo crime caso vença as eleições.
Saiba nesta matéria quem é o candidato e por que o empréstimo consignado do Auxílio Brasil pode ser criminalizado.
..
EMPRÉSTIMO AUXÍLIO BRASIL
O candidato em questão é Ciro Gomes (PDT), que disputará o pleito presidencial pela quarta vez.
Utilizando um tom forte e incisivo em seu discurso contra consignado, Ciro declarou ao programa Roda Viva, da TV Cultura, que irá criminalizar o empréstimo Auxílio Brasil, caso vença as eleições.
Veja abaixo o trecho da entrevista:
ÚLTIMAS NOTÍCIAS SOBRE O EMPRÉSTIMO AUXÍLIO BRASIL
Ciro responsabiliza o presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo empréstimo consignado do Auxílio Brasil. O candidato classifica a lei como 'excrescência'.
Segundo ele, Bolsonaro 'entregou' os vulneráveis nas mãos dos bancos, sujeitando-os aos juros exorbitantes.
"O Bolsonaro, por lei, entrega o cadastro dos miseráveis e famintos brasileiros para o sistema financeiro cobrar 80%, 100% de juros, antecipando isso. Ou seja, se antecipa, mês que vem vai comer o que? O cara recebe 3 mil e fica devendo 5 mil", afirmou.
"É tão excrescência", prosseguiu, "que felizmente consegui denunciar e o sistema financeiro tradicional recusou-se a fazer. É uma dessas aberrações. Não façam, porque será criminalizado", concluiu.
QUAIS BANCOS ESTÃO FAZENDO O EMPRÉSTIMO AUXÍLIO BRASIL?
O sistema financeiro tradicional citado por Ciro Gomes são os grandes bancos em atividade no Brasil.
Após encontro com Bolsonaro na última semana, instituições como Bradesco, Santander, Itaú e Nubank declararam que não atuarão no empréstimo Auxílio Brasil.
Por outro lado, o Ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, declarou que 17 bancos já foram cadastrados e irão efetuar o empréstimo consignado do Auxílio Brasil.
Entre eles estão Caixa Econômica Federal e Agibank, que confirmaram participação na linha de crédito.
Comentários