PRECONCEITO

Menino negro sofre racismo na escola, chora e pergunta: 'um dia vou ficar branco?'

Mãe da criança filmou relato do filho e o compartilhou nas redes sociais para denunciar o caso de racismo

Marcelo Aprígio
Marcelo Aprígio
Publicado em 19/09/2022 às 8:21 | Atualizado em 19/09/2022 às 8:37
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REPRODUÇÃO/INSTAGRAM @CLAUDETEALPHONSUS
Mãe do menino, vítima de racismo, compartilhou relato nas redes sociais - FOTO: REPRODUÇÃO/INSTAGRAM @CLAUDETEALPHONSUS

Um menino negro de apenas 5 anos de idade foi alvo de racismo na escola em que estuda, em São Paulo. O caso que aconteceu na última sexta-feira (16) ganhou repercussão na internet.

Isso porque a mãe da criança, a estilista Claudete Alphonsus, filmou relato do filho e o compartilhou nas redes sociais para denunciar o caso de racismo.

Em conversa com o filho, Claudete descobriu que colegas de classe o chamaram de “cocô” devido à cor de sua pele.

Nas imagens, é possível ver o momento em que o menino conta à mãe que havia sido alvo de racismo por causa da cor de sua pele 'marrom'. “Cor de cocô, porque cocô é marrom. Eu sou um cocô”, disse a criança.

Em outro momento, o garoto afirma que 'tem cara feia' e chora. Depois, ele pergunta à mãe se um dia se tornaria branco. 

"Mamãe, um dia eu vou ficar branco?", questiona. A estilista, então, responde: "Você não precisa ser branquinho. Você nasceu pretinho e lindo".

RACISMO

Ao fazer a publicação nas redes sociais, Claudete destacou que outras crianças, a exemplo do filho, são cotidianamente vítimas do racismo.

"Crianças em contextos de desigualdades são vítimas do racismo nas escolas, nas ruas, nos hospitais ou aldeias e, às vezes, dentro de suas famílias, deparando-se constantemente com situações de discriminação, de preconceito ou segregação", escreveu.

A mãe do menino também lembrou o quanto o racismo é danoso e prejudicial à saúde das crianças negras.

A estilista ressaltou ainda os impactos do racismo na aprendizagem, no comportamento e na saúde física e mental de crianças.

Por fim, reforçou que cabe às escolas a função de combate ao racismo, além de trabalhar com questões de autoestima, aceitação e respeito às diferenças.

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