Porta-voz do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) até 2020, quando o cargo foi extinto, o general de Divisão da reserva Otávio Santana do Rêgo Barros emitiu um duro recado a manifestantes que contestam o resultado das Eleições 2022 e pedem intervenção militar.
Por meio de um artigo publicado no Jornal do Commercio, Rêgo Barros é taxativo ao afirmar que o pleito eleitoral teve seu fim. "A eleição acabou dia 30 de outubro e ponto final", diz ele.
"Racionalmente alguém acredita que vai mudar o curso da história com bravatas e gritos, ao promover bloqueios de estradas violentos, espalhar estultices nos grupos de WhatsApp ou acampar diante de unidades militares?", questiona o militar.
'TEORIA DA CONSPIRAÇÃO'
No texto, o general de Divisão lembra que as regras das eleições 2022 foram pré-estabelecidas e receberam a concordância de candidatos e partidos políticos, além de terem sido fiscalizadas por inúmeros atores. "Diferente disso é teoria da conspiração", pontua.
Para o militar, é "irracional a insistência de algumas pessoas em manter acesa uma fogueira de divergências pessoais e políticas a queimar madeira podre e molhada que é difícil de pegar, não aquece e ainda espalha fumaça."
Na avaliação de Rêgo Barros, os perdedores precisam respirar, cicatrizar as feridas da disputa, tratá-las com serenidade e recomeçar na conquista de seguidores para a próxima disputa.
Os vencedores, por sua vez, diz ele, precisam de tempo e união para tirar do papel as promessas do período eleitoral. "É certo que faltará dinheiro para tantas benesses prometidas."
PACIFICAÇÃO
O general que comandou a Força de Pacificação nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, defendeu a pacificação como saída para o País.
"As pessoas precisam escoimar o maniqueísmo doentio que estabeleceu o “nós contra eles” como combustível das relações sociais", defende.
Ele também criticou a desinformação espalhada em grupos de mensagens nas redes sociais. "Apalermados, os grupos se refugiam nas suas câmaras de eco e se energizam ao colher informações desconectadas da realidade."
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