Os pilotos e comissários de voo de companhias aéreas brasileiras aprovaram a deflagração de uma greve nacional para começar na próxima segunda-feira (19).
A greve deve ocorrer por tempo indeterminado, das 6h às 8h, nos aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte e Fortaleza.
O QUE MOTIVOU A GREVE DOS PILOTOS E AERONAUTAS?
Segundo informações da Agência Brasil, a categoria explicou que a paralisação foi causada pela "frustração das negociações da renovação da Convenção Coletiva de Trabalho".
De acordo com o sindicato dos aeronautas, a alta nos preços das passagens aéreas têm gerado grandes lucros para as empresas e, por isso, reivindicam um ganho real nos salários. Além disso, os profissionais também pedem por melhorias nas condições de trabalho.
"[...] O setor aéreo vem se recuperando aceleradamente, com lucros maiores do que os do período pré-pandemia. Além disso, a procura por passagens aéreas aumentou e os preços impostos aos passageiros subiram drasticamente. No entanto, as empresas continuam intransigentes, se recusando a conceder uma remuneração mais digna aos tripulantes, além de propor que pilotos e comissários trabalhem mais horas", disse o sindicato por meio de nota.
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QUAIS VOOS NÃO SERÃO AFETADOS PELA GREVE NOS AEROPORTOS?
Ainda de acordo com a Agência Brasil, o Sindicato Nacional dos Aeronautas reforçou que a paralisação não vai atingir voos com vacinas, pacientes em atendimento e órgãos para transplante.
O QUE DIZ O SINDICADO NACIONAL DAS EMPRESAS AEROVIÁRIAS
O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) enviou à Agência Brasil uma nota afirmando que ofereceu reajuste de 100% do Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) para o piso salarial, mesma correção para as diárias nacionais, seguro de vida e vale alimentação, enquanto as negociações ainda estão acontecendo.
Em relação a alta dos preços de passagens aéreas, o SNEA disse que o preço "foi fortemente afetado nos últimos anos por conta de pandemia, conflitos na Europa, desvalorização do real frente ao dólar e aumento do preço do petróleo".
*Com informações da Agência Brasil
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