
Em decisão feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o reajuste do salário mínimo deve passar dos atuais R$ 1.302 para R$ 1.320 a partir de maio de 2023.
A ideia do governo é de que o aumento coincida com o Dia do Trabalhador, celebrado em 1º de maio.
Ainda em janeiro, a gestão Federal havia postergado o anúncio do aumento para R$ 1.320. Segundo dados do governo, a cada R$ 1 a mais no salário mínimo aumenta em R$ 389,8 milhões os custos da União. Com isso, o impacto estimado do reajuste é de pouco mais de R$ 7 bilhões.
Na época, a equipe econômica do governo sustentava que o o custo acima do esperado com aposentadorias e pensões –que têm vínculo com o piso das remunerações do país– limitava a possibilidade de gastos com o novo reajuste.
O aumento do salário mínimo é uma pauta pertinente para a solidificação de Lula com o eleitorado e vem sendo tópico de discussão desde o período da transição, em 2022, devido ao desejo da equipe petista de superar o valor proposto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que promoveu aumento real de 1,4% devido à inflação menor do que a que havia sido projetada para o ano passado.
A decisão do reajuste, no entanto, ainda divide apoiadores do atual presidente. Visando reduzir os impactos nas contas públicas, a equipe econômica de Lula preferia não conceder o reajuste extra, com o argumento de que o acréscimo do início do ano já representava um aumento acima da inflação, se comparado com o do ano passado.
