O jogador Daniel Alves, que está preso na Espanha por acusação de agressão sexual, deu uma ultima declaração sobre o caso.
A informação foi publicada no periódico Diari Ara, neste domingo, 19/02. Dani Alves deu entrada na Delegacia de Mossos d'Esquadra, alegando que nada sabia sobre a jovem de 23 anos que o acusa.
Ao deixar o tribunal, dentro de um carro de polícia que seguia para a Pisão Brians 1, o lateral tinha mudado totalmente sua versão.
No dia 23 de janeiro, ele prestou três contas diferentes ao juiz. Primeiro, a perguntas do magistrado, ele disse que nada aconteceu.
No segundo questionamento, o do Ministério Público, ele afirmou que eles simplesmente se cruzaram na porta do banheiro reservado.
Na vez da promotoria privada, ele foi completamente encurralado por provas que não corroboravam nenhuma de suas versões e testemunhas que descreveram um filme dos acontecimentos completamente diferente do que o jogador contou.
Ainda segundo o ARA, fontes revelaram que a voz de Alves tremeu um pouco no momento em que ele disse: “A verdade é que queria proteger esta jovem”.
O futebolista se referia à vítima com "esta senhora". E ao dizer que a queria "proteger" referia-se ao fato de não querer acusá-la de uma agressão sexual em que ele se apresentava como vítima e ela como agressora, situação negada em todas as provas até então.
"Foi direto para mim. Eu não toquei naquela garota", insistiu Alves. Especificamente, o atleta brasileiro assegurou que quando estava sentado no banheiro a mulher entrou e praticou sexo oral nele, o que ele não consentiu, mas também não fez nada para impedir.
Esta é a última versão que o futebolista deu em tribunal. Na quinta-feira, na audiência para determinar se continua em prisão provisória ou se sai sob fiança, o seu advogado de Daniel Alves propôs que o seu cliente aceitasse agora uma relação sexual consensual.
Enquanto espera que ele volte a depor, porém, a última versão de Alves é a que ele deu há um mês, apresentando-se como vítima do ocorrido naquele banheiro.
Todas as evidências, no entanto, apontam na direção oposta. A hipótese do sexo oral não bate com o DNA identificado no corpo da vítima, que mostra que houve penetração.
Há outro elemento-chave: os investigadores encontraram impressões digitais em vários lugares do banheiro.
Depois de analisados, ainda segundo o ARA, foi confirmado que pertencem à vítima. Eles estão localizados na maçaneta da torneira, em um espelho atrás da porta e na tampa do vaso sanitário.
A localização dessas impressões confirmaria as posições de seu corpo que a vítima descreveu em seu relato.
VERSÃO DA VÍTIMA
Nem a vítima nem nenhum de seus amigos sabiam que a porta pela qual Alves entrou era a de um banheiro.
Ela diz que o jogador de futebol a chamou para ir até lá, e ela, após conversar a respeito com uma amiga, acabou indo com a intenção de se despedir e ir embora.
Eles não se sentiram à vontade depois que o atleta brasileiro foi longe demais em várias ocasiões: tocou no bumbum da vítima e de uma amiga dela, colocou a mão na genitália de outra amiga, agarrou a mão da vítima e levou até o seu pênis.
Mais de uma vez eles saíram de perto e foram embora. Alves os seguia.
Finalmente, a vítima decidiu se aproximar da porta. Ele notou que eles estavam entrando em um banheiro. "Você não pode sair", teria dito Alves, segundo a versão da menina.
E acrescentou: "Você é minha put@". Ela também afirmou que eles passaram pouco mais de quinze minutos no banheiro.
"Eu vou sair primeiro", teria dito o jogador de futebol depois de ejacular. Foi só quando ela chegou à saída da boate que a garota desabou e começou a chorar.
As câmaras do estabelecimento, segundo fontes consultadas peoa ARA, iriam mostrar que Alves sai às pressas e passa ao lado da menina, que chora sentada no chão, sem parar para falar com ela.
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