Psicologia em Movimento: A ciência, a fé e a cura

Rádio Jornal
Rádio Jornal
Publicado em 14/04/2023 às 9:11
Notícia
Divulgação: Interney
O encontro entre a ciência a fé, em uma alusão ao quadro "A Criação de Adão", de Michelangelo. - FOTO: Divulgação: Interney

Desde o surgimento das ciências naturais, no Século XVI, que a ciência e as religiões caminham em direções opostas na disputa explicativa pela origem do universo, das diferentes formas de vida no planeta Terra, especialmente no que concerne à origem da espécie humana. Para as ciências, as religiões não passam de formas imaginárias de explicar ou interpretar o mundo sem nenhuma evidência empírica que comprove o que apregoa. Nesse sentido, as religiões não passariam de fantasias míticas que considerariam absolutamente verdadeiras ideias absolutamente irreais ou de caráter ilusório.

 

Por não lidar com fenômenos diretamente materiais, as religiões necessitariam da fé para sustentar suas afirmações e crenças. Diferentemente da ciência que se propõe a estudar os fenômenos ditos materiais, possuidores de peso, tamanho, volume, etc. Enfim, tudo o que pode ser medido e quantificado em laboratório, através de estudos e práticas empíricas: ou seja, sob rigoroso controle e observação baseada em dados e fatos concretos. Não é por menos que a ciência e a religião caminham em direção opostas. Talvez não seja exagero afirmar que a ciência age de forma arrogante com as religiões. Estranha e paradoxalmente as religiões agem frequentemente do mesmo modo, ao combaterem, negarem ou condenarem muitos dos princípios e descobertas científicas.

 

E assim o fazem baseadas na crença da existência de uma força superior, de um criador incriado, que a tudo deu origem sem que nada o tivesse originado. A fé é a base de sustentação dessa crença. A ciência, por sua vez, é a sua negação. E assim uma forma de saber e a outra, vivem em permanente tensão, como numa disputa de cabo de guerra. Nessa disputa de cabo de guerra, as religiões afirmam que a fé cura. Por sua vez, as ciências se autoproclamam a razão de ser das curas promovidas. É sobre as tensões entre as religiões e as ciências, particularmente no que diz respeito à fé e à cura, que iremos conversar esta noite com o psicólogo Sylvio Ferreira, na Coluna Psicologia em Movimento.

 

Escute agora a entrevista:

 

Comentários