Salários

REAJUSTE DE SERVIDORES: LULA sanciona AUMENTO de 9% para SERVIDORES e promete mais CONCURSOS PÚBLICOS

O presidente disse que será necessária a realização de concursos públicos para repor pessoal em diversas carreiras

Nathália Macêdo
Nathália Macêdo
Publicado em 28/04/2023 às 18:59 | Atualizado em 28/04/2023 às 19:00
Notícia
José Cruz/Agência Brasil
Presidente Lula assina Medida Provisória que concede reajuste de 9% aos servidores do Executivo federal - FOTO: José Cruz/Agência Brasil

Após sancionar a lei que reajusta em 9% os salários dos servidores públicos federais civis (incluindo aposentados e pensionistas), nesta sexta-feira (28), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revelou que pretende realizar mais concursos públicos.

A iniciativa seria para conseguir repor pessoal em diversas carreiras. Segundo Lula, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis é um dos mais afetados. Dos 1,7 mil anteriores, o Ibama, atualmente, conta com cerca de 700 servidores.

"Toda vez que falamos de concurso, algumas pessoas começam a dizer ‘começou a gastança’. Para melhorar qualquer serviço público, em qualquer país do mundo, você tem que contratar seres humanos", disse Lula.

.

AFP/Sergio Lima
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT - AFP/Sergio Lima

Além disso, o presidente falou que vai precisar de mais funcionários concursados para substituir os indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a cargos de confiança.

Reajuste

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, confirmou, nesta sexta-feira (28), que trabalhadores formais, que ganham até R$ 2.640, terão isenção do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF).

A nova faixa, que foi anunciada após cerimônia de assinatura do reajuste de 9% para os servidores do Executivo federal, era uma promessa da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Governo concede reajuste de 9% a servidores do Executivo

"Há o compromisso do presidente Lula de isentar do IR salários de até R$ 5 mil, até o fim do governo. Durante o mandato, vamos voltar a falar de isenção quando a condição econômica permitir", disse Marinho.

Como funcionará

A alteração só vai acontecer por causa da soma da nova faixa de isenção (de R$ 1.903,98 para R$ 2.112) e do desconto de R$ 528 sobre o imposto pago na fonte, retido automaticamente todos os meses. Ou seja, sobre o imposto que seria devido pelo empregado.

.

Marcello Casal JrAgência Brasil
Segundo a Receita Federal, 13,7 milhões de contribuintes deixarão de pagar Imposto de Renda - Marcello Casal JrAgência Brasil

Segundo a Receita Federal, 13,7 milhões de contribuintes deixarão de pagar Imposto de Renda. Isso equivale a 40% das pessoas físicas que pagam o tributo. E eles não precisarão fazer nada para garantir a isenção. 

Consequências

Ainda segundo informações oficiais, o governo deixará de arrecadar R$ 3,2 bilhões neste ano. Em 2024, o impacto nas contas será de R$ 6 bilhões.

Quando começa

O valor de R$ 2.640 equivale a dois salários mínimos (R$ 1.320). Esse, que por sua vez, começa a valer a partir de maio. Até o fim de abril, o salário mínimo está em R$ 1.304.

Segundo a Receita Federal, 13,7 milhões de contribuintes deixarão de pagar Imposto de Renda

Com isso, quem ganha até R$ 2.640 não pagará IR (nem na fonte, nem na declaração de ajuste anual) também a partir do próximo mês.

Aumento do salário mínimo

O ministro revelou que já assinou a medida provisória do salário mínimo e que só falta "a assinatura do presidente". Foi nesta quinta (27) que o governo oficializou a elevação do valor (R$ 1.320).

Ela será anunciada durante as celebrações do Dia do Trabalhador em São Paulo. Entretanto, a única questão é saber se a MP será publicada no dia 1º de maio ou antes, em edição extraordinária do Diário Oficial da União.

.

Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Segundo a Receita Federal, 13,7 milhões de contribuintes deixarão de pagar Imposto de Renda - Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Futuro

O plano é enviar ao Congresso o projeto para a política de valorização permanente do salário mínimo, que entraria em vigor a partir de 2024.

Assim, o cálculo vai levar em conta a inflação do ano anterior e também a variação do PIB de dois anos antes. Mesma fórmula adotada nas gestões passadas de Lula e de Dilma Rousseff.

Comentários