No último domingo (18), cinco pessoas entraram em um submarino com o objetivo de explorar os destroços do famoso navio Titanic, que afundou em 15 de abril de 1912.
Infelizmente, após uma hora e 45 minutos de mergulho nas profundezas do Oceano Atlântico, a comunicação com o grupo foi perdida. Até o momento, eles permanecem desaparecidos no Oceano Atlântico.
De acordo com as estimativas das autoridades envolvidas na busca pelo submersível desaparecido no Oceano Atlântico, prevê-se que o suprimento de oxigênio disponível no veículo se esgote nesta quinta-feira (22).
O especialista esclareceu que a previsão é uma estimativa calculada com base no horário de início da viagem do submersível.
Segundo as estimativas iniciais, os passageiros teriam entre 70 e 96 horas de suprimento de oxigênio armazenado.
Durante a coletiva de imprensa realizada hoje, quarta-feira (21), as autoridades da Guarda Costeira dos Estados Unidos informaram que várias aeronaves canadenses detectaram sinais acústicos utilizando sensores especializados.
No entanto, ainda não é possível confirmar com total certeza se esses sinais estão relacionados ao submarino Titan. Mais informações e análises adicionais são necessárias para determinar a origem precisa dos sinais.
"Com base em minha experiência, é possível que os ruídos sejam de origem biológica, mas as pessoas que ouviram esses sinais são especialistas treinados. Também devemos levar em conta a presença de outros navios na área, o que precisa ser descartado. Nossa equipe está buscando na região correta. Devemos nos concentrar na área adequada, fazendo o melhor que podemos", afirmou o Capitão Frederick.
A tripulação do submarino Titan perdeu contato com o seu navio de base na superfície, o Polar Prince, uma hora e 45 minutos após iniciar a descida em direção aos destroços do Titanic no domingo, dia 18.
De acordo com a Guarda Costeira dos Estados Unidos, na terça-feira, dia 20, às 13h na costa leste dos EUA (14h em Brasília), estimou-se que restavam aproximadamente 40 horas de suprimento de oxigênio a bordo do submarino.
Isso significa que o suprimento duraria até por volta das 6h da manhã de quinta-feira, dia 22, no horário de Brasília.
Os destroços do Titanic estão a cerca de 700 km ao sul da cidade de St John's, no Canadá, embora a missão de resgate esteja sendo executada a partir de Boston, nos Estados Unidos.
Agências, militares e empresas dos Estados Unidos e do Canadá estão colaborando nas operações de resgate em águas profundas, utilizando aviões militares, um submarino e sonoboias.
O navio Polar Prince está recebendo apoio na área por meio do lançamento de cabos do navio Deep Energy, enquanto o navio de abastecimento Atlantic Merlin está a caminho.
O capitão Jamie Frederick, da Guarda Costeira dos EUA, afirmou que equipes dos EUA e do Canadá estão trabalhando incansavelmente durante as complexas operações de busca.
O professor Alistair Greig, especialista em submarinos da University College London, ressalta que um dos principais desafios é determinar se devem buscar na superfície ou no fundo do mar. Segundo ele, é improvável que o submarino esteja em algum ponto intermediário, e cada uma dessas opções traz seus próprios desafios.
As equipes de resgate estão enfrentando o desafio de procurar o submarino, que tem cerca de 6,7 metros de comprimento, em profundidades que podem atingir quase 4.000 metros.
Isso se deve em parte ao fato de que sinais de rádio e GPS não conseguem se propagar efetivamente através da água.
Na terça-feira, a Guarda Costeira dos EUA confirmou que estenderia a busca para águas mais profundas, e sonoboias estão sendo utilizadas nessa operação.
Esses dispositivos têm a capacidade de detectar e identificar objetos em movimento na água e são frequentemente empregados na busca por submarinos inimigos.
Eles captam sons gerados por hélices, motores e até mesmo ruídos resultantes da tripulação batendo no casco do submarino (detecção passiva). Além disso, a detecção ativa envolve a emissão de um som pela sonoboia para verificar o eco.
Owen, especialista na área, adverte que será extremamente difícil localizar o submarino enquanto ele estiver submerso, devido ao seu tamanho e à possibilidade de estar entre os destroços do Titanic.
Ele compara a situação a procurar uma mina em um campo minado, destacando a dificuldade de distinguir o submarino dos destroços do famoso transatlântico que afundou no século passado.
Uma das teorias em relação ao caso sugere que o submarino que levava os turistas até o Titanic possa ter sofrido uma implosão.
A implosão é um tipo de explosão interna em que os objetos são destruídos quando colapsam ou são comprimidos em si mesmos.
No caso do Titan, acredita-se que a implosão possa ter ocorrido devido à intensa pressão da água oceânica nas profundezas.
Outro cenário é que o casco de pressão tenha se danificado, (e havido) um vazamento", destacou em nota. "Neste caso, o prognóstico não é bom".
Mas "há muito poucas embarcações" capazes de chegar à profundidade a que o Titan pode ter viajado", falou.
"O relógio não para e qualquer submarinista ou mergulhador de profundidade sabe como o entorno abissal é implacável: ir ao fundo do mar é tanto ou mais difícil do que ir ao espaço do ponto de vista da engenharia", afirmou, em nota, Eric Fusil, professor associado da Universidade de Adelaide.
Um dos passageiros identificados a bordo do submarino é o empresário britânico Hamish Harding, cuja empresa de aviação havia compartilhado nas redes sociais sobre sua expedição à área do naufrágio do Titanic.
Harding, um aviador de 58 anos, turista espacial e presidente da associação Action Aviation, publicou em seu Instagram no domingo que estava orgulhoso de se juntar à missão Titanic da OceanGate.
O empresário paquistanês Shahzada Dawood e seu filho Suleman Dawood também estão a bordo da embarcação.
Shahzada Dawood é vice-presidente do conglomerado Engro, com sede em Karachi, que tem investimentos em energia, agricultura, petroquímica e telecomunicações.
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