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Estudo aponta aumento no consumo da população em caso de reforma tributária com cashback

Estudo da UFMG indica que reforma tributária com devolução de impostos para faixas de renda menores poderia trazer um forte aumento no consumo, entenda situação

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Cynara Maíra

Publicado em 19/09/2023 às 7:57 | Atualizado em 19/09/2023 às 8:11
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Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) indica que 89% da população brasileira poderia experimentar um aumento no seu poder de compra caso uma reforma tributária fosse implementada em conjunto com a devolução de impostos para um segmento específico de faixa de renda.

Reforma tributária com cashback poderia aumentar poder aquisitivo da maioria dos brasileiros

O estudo intitulado "Como o cashback pode reduzir desigualdades no Brasil" propõe que a reforma tributária no Brasil deveria incluir a devolução de impostos para 35% da população. Nessa abordagem, 85% desse grupo beneficiado seria composto por pessoas com renda de até um salário mínimo. Além disso, em categorias que se sobrepõem, 72% desses beneficiários seriam negros e 55% moradores das regiões Norte e Nordeste.

Seguindo essa linha de pensamento, os pesquisadores apontam que até 89% da população poderia experimentar um aumento no seu poder de compra, uma vez que os efeitos do cashback no contexto da Reforma Tributária seriam percebidos diretamente por famílias com renda mensal de até 15 salários mínimos (aproximadamente R$ 20 mil).

O estudo também indica que a capacidade de compra das famílias com renda per capita de até um salário mínimo poderia aumentar em 21%. A proposta para financiar esse sistema de cashback de impostos antigos envolveria um aumento de 0,4% no novo imposto sobre bens e serviços, juntamente com a redução de descontos em alguns novos tributos.

 

Os cálculos apresentados pelos pesquisadores demonstram que mesmo sem a implementação do cashback, que poderia enfrentar resistência no Congresso Nacional, as disposições atuais da reforma tributária ainda teriam o potencial de aumentar o consumo geral em 3,2%. Isso se daria devido à redistribuição de impostos, que resultaria na redução dos preços de alguns produtos.

Os pesquisadores da UFMG planejam apresentar essa proposta por meio do movimento "Pra Ser Justo" durante um evento no Congresso Nacional agendado para esta quarta-feira (20).

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