Índice de preços mostra aumento na inflação e economistas aumentam prévia para 2024
Inflação sobe após mês de deflação. Analistas também aumentam expectativa da inflação para 2024
Os dados do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de setembro foram divulgados nesta segunda-feira (02) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Os números apresentados indicam que a inflação teve uma elevação neste mês.
Enquanto isso, o relatório "Focus" apresentado pelo Banco Central aumentou a estimativa da inflação para 2024.
Inflação aumenta em novo IPC-S
O IPC-S da FGV apontou um acréscimo de 0,27% na inflação de setembro. Esse índice mede a variação média de preços dos produtos e serviços. O objetivo é avaliar as mudanças no custo de vida das famílias com renda de 1 a 33 salários mínimos (equivalente a R$ 43.560).
A Fundação indica que, até setembro, o acumulado de 12 meses da inflação é de 4,17% ( a inflação conta com os números do ano passado que ainda não foram completados esse ano).
Enquanto a inflação retomou no último mês, o índice de agosto apresentou uma deflação, uma inflação negativa, no preço de produtos e serviços, chegando em 0,22% a menos.
A expectativa dos especialistas para inflação de setembro era de 0,28%. Com isso, o índice se aproxima do estimado. As áreas com os maiores aumentos no índice foram o da educação, leitura e recreação, também sofreram aumentos os setores de vestuário, saúde e cuidados pessoais, despesas diversas e comunicação. O recuo ocorreu apenas no setor de transporte, habitação e alimentação
Mesmo que seja coletado semanalmente, esse índice se utiliza de uma média entre as quatro semanas de um mês para apontar um número.
Taxa Selic tem queda de 0,5% após reunião do Copom
Taxa de inflação para 2024 tem estimativa aumentada por analistas
Após a pesquisa do relatório "Focus" envolvendo mais de 100 instituições financeiras, os economistas aumentaram em 0,01% a projeção da inflação para 2024, resultando em uma estimativa de 4,87% para o próximo ano.
A inflação para 2023 não foi alterada pelos analistas, o que garante a estabilidade no acumulado de 4,86%. Esse índice é acima da meta do Conselho Monetário Nacional (CMN), que tem como plano central uma inflação de 3,25% ao ano, podendo chegar em 1,75% a 4,75%.
Se o país não conseguir cumprir a meta esse será o terceiro anos seguido. Ano passado o acumulado da inflação em um ano foi de 5,79%.