Greve do Metrô São Paulo: Metroviários decidirão na noite desta terça (3) se paralisação vai continuar
Sindicato dos Metroviários fará nova assembleia a partir das 18h desta terça-feira feira
Nesta terça-feira (3), os metroviários de São Paulo realizarão uma nova assembleia a partir das 18h para debater sobre a continuidade da greve de 24 horas. A informação foi confirmada por Altino Melo, diretor do Sindicato dos Metroviários, ao Metrópoles.
A greve, que está sendo feita em conjunto com os ferroviários começou em protesto contra o plano de concessões e privatizações do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), resultou no fechamento de quatro linhas do Metrô e três da CPTM, com outras duas operando de forma parcial (7-Rubi e 11-Coral). As linhas de metrô e trem sob concessão privada operam normalmente.
Altino Melo explica que a assembleia discutirá questões relacionadas à terceirização do pátio do Monotrilho e parte do atendimento nas estações, temas que têm gerado grande insatisfação entre os metroviários. A decisão sobre a continuidade da greve será tomada virtualmente, com os resultados previstos para serem anunciados até as 20h.
Independentemente da decisão, o sindicalista enfatiza que o protesto contra a privatização do Monotrilho e parte das bilheterias continuará. A assembleia não envolverá os sindicatos da CPTM e da Sabesp, que também participaram da greve desta terça-feira.
A Justiça do Trabalho havia determinado, a pedido do Metrô, que os serviços funcionassem a 100% durante o horário de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e a 80% nos demais horários, sob ameaça de multa de R$ 500 mil.
O governador Tarcísio de Freitas condenou a greve e o descumprimento da decisão judicial, afirmando que a população de São Paulo está mais uma vez sendo afetada por interesses políticos e ideológicos dos sindicatos.
Júlio Castiglioni, presidente do Metrô, declarou que a empresa tomará medidas contra os funcionários envolvidos na paralisação e executará as multas, caso a ordem judicial seja desrespeitada.
De acordo com o governo do estado, até as 9h30, o Metrô e a CPTM funcionavam da seguinte maneira:
Metrô
- Linha 1-Azul: fechada
- Linha 2-Verde: fechada
- Linha 3-Vermelha: fechada
- Linha 15-Prata: fechada
CPTM – operação parcial desde as 5h
- Linha 7-Rubi: de Caieiras a Luz
- Linha 10-Turquesa: fechada
- Linha 11-Coral: de Guaianases a Luz
- Linha 12-Safira: fechada
- Linha 13-Jade: fechada
Algumas integrações estavam abertas, como a Linha 7-Rubi na Estação Barra Funda com a Linha 8-Diamante e a Linha 11-Coral e 7-Rubi na Estação Luz com a Linha 4-Amarela. No entanto, as transferências com a Linha 3-Vermelha, na Barra Funda, e com a Linha 1-Azul, na Luz, permaneciam fechadas.
As linhas de transporte metropolitano já concedidas à iniciativa privada, 4-Amarela e 5-Lilás (metrô), e 8-Diamante e 9-Esmeralda (trem), operavam normalmente, mas a paralisação ainda impactava significativamente o trânsito na cidade.
