Proposta do Brasil sobre conflito entre Israel e Hamas deve ser votada nesta terça (17) na ONU
Conselho de Segurança da ONU vota nesta terça (17) proposta brasileira sobre fim do conflito entre Israel e o Hamas
Nesta terça-feira (17) deve ser votada na Organização das Nações Unidas (ONU) a resolução da delegação brasileira sobre o conflito entre Israel e o Hamas no Oriente Médio. A situação ocorre um dia após a proposta russa ser rejeitada pelo Conselho de Segurança da ONU.
A resolução brasileira sobre uma proposta de fim do conflito é cotada como mais provável de ser aprovada pela maior parte dos países do Conselho de Segurança.
O principal ponto de discordância do material da Rússia era a falta de menção e condenação ao Hamas, o que foi criticado pela maior parte dos países ocidentais do Conselho de Segurança, principalmente os Estados Unidos, que acredita que Israel tem o direito de se defender e atacar o Hamas na Faixa de Gaza.
A proposta prevê a condenação do Hamas por ataques a Israel e pede a revogação da ordem israelense de retirada dos civis e funcionários da ONU da zona norte da Faixa de Gaza.
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Proposta Brasileira sobre conflito entre Israel e Hamas
A resolução brasileira traz os seguintes pontos sobre a situação no Oriente Médio entre Israel e o Hamas:
- Condena o Hamas por ataques a Israel
- Apela pela soltura dos reféns civis com segurança, bem-estar e tratamento humano (não cita o Hamas especificamente)
- Pede a revogação da ordem israelense de que os civis e funcionários da ONU saiam da zona Norte da Faixa de Gaza e se dirijam para área sul (não cita Israel especificamente)
- Solicita pausas no conflito para que civis possam ter acesso à ajuda humanitária
- Pede respeito e proteção "de todo o pessoal médico e de todo o pessoal humanitário exclusivamente envolvido em tarefas médicas", além dos meios de transporte, equipamentos e instalações que tenham função médica
Uma proposta de resolução só é aprovada se houver ao menos 9 votos a favor dos 15 integrantes do Conselho de Segurança.
O texto brasileiro não cita medidas concretas como missões humanitárias ou intervenções no conflito entre Israel e o Hamas. O plano é abrir em paralelo uma resolução para criar um corredor humanitário na Faixa de Gaza. Como o debate no fim de semana passado sobre esse tópico não chegou em consenso, o plano dos brasileiros foi votar a ação em separado, para não prejudicar as chances da resolução sobre a guerra.