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Falta de monitoramento do Hamas no Brasil ocorre por cortes do Governo Bolsonaro

Monitoramento de elos de grupos como o Hamas no Brasil foi prejudicado por conta de cortes da Abin durante o governo Bolsonaro

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Cynara Maíra

Publicado em 19/10/2023 às 9:10 | Atualizado em 19/10/2023 às 9:59
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A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) enfrenta uma escassez de informações sobre a presença de grupos como Hamas e Hezbollah no Brasil devido ao corte de financiamento para informantes que monitoravam suas atividades no país.

Essa medida foi tomada durante a gestão do governo Jair Bolsonaro (PL), que interrompeu o pagamento a mais de 80 informantes, especialmente aqueles envolvidos em contra-espionagem e contraterrorismo. A decisão foi tomada pela direção da Abin, liderada na época por Alexandre Ramagem, que atualmente é deputado federal pelo PL-RJ.

Entre os informantes descontinuados estavam aqueles que forneciam informações sobre estrangeiros no Brasil com ligações a organizações como o libanês Hezbollah e o palestino Hamas, que têm histórico de conflitos com Israel.

Embora nem todos os informantes envolvidos no monitoramento desses grupos tenham sido cortados, acredita-se que alguns deles detinham ligações mais estreitas com essas organizações.

De acordo com a coluna de Rodrigo Rangel para o Metrópoles, uma das fontes de informações, cuja identidade é mantida em sigilo por motivos de segurança, está movendo um processo contra a Abin devido a essa decisão.

O corte de financiamento foi justificado sob o pretexto de uma mudança nas prioridades da Abin, que passou a focar mais em questões relacionadas às facções de tráfico de drogas no Brasil. Rangel também observa que os 80 informantes descontinuados representavam um custo de aproximadamente R$ 2 milhões para a agência de inteligência brasileira.

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