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Ex-diretor da Abin atrasou demissão de exonerados por espionagem, aponta coluna

Coluna apresenta que ex-diretor da Abin durante a gestão Bolsonaro atrasou a demissão dos servidores exonerados na semana passada. Situação tem vínculo com caso de espionagem de autoridades dentro da agência de inteligência

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Cynara Maíra

Publicado em 25/10/2023 às 7:22 | Atualizado em 25/10/2023 às 7:27
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Nesta quarta-feira (25), a colunista Juliana Dal Piva, do portal Uol publicou uma reportagem exclusiva vinculada com a operação Última Milha da Polícia Federal.

O material revela que o atual deputado federal e então diretor da Abin, Alexandre Ramagem (PL-RJ), atrasou a demissão dos dois servidores que acabaram sendo exonerados na semana passada. A PF trabalha com a possibilidade de que a direção do órgão estivesse sendo chantageada sobre o uso ilegal do software de monitoramento de dispositivos móveis. 

A operação Última Milha investiga a espionagem de membros do Judiciário e figuras públicas entre 2019 e 2021, período que Alexandre Ramagem era diretor da Abin do Governo de Jair Bolsonaro (PL). 

Alexandre Ramagem atrasou demissão de servidores da Abin em 2 anos

De acordo com os dados obtidos com exclusividade por Juliana Dal Piva, em 23 de abril de 2021, a corregedoria-geral da Abin apontou como culpados Rodrigo Colli e Eduardo Arthur Izycki, servidores exonerados na operação da última sexta-feira (20), por terem feito uma licitação de uma empresa particular com o Exército. 

A prática de abrir licitações com empresas em que os sócios são membros da Abin é contra as regras da agência. Apesar da recomendação do órgão para que Colli e Izycki fossem demitidos, o processo indica que Ramagem não exonerou os servidores. 

Além disso, o então diretor da Abin solicitou para que o procedimento retornasse à corregedoria-geral para adicionar mais depoimentos e provas, além de pedir a criação de uma nova comissão. 

De acordo com Alexandre Ramagem, antes que os funcionários fossem exonerados era necessário que a conduta dos agentes fosse individualizada no processo e que faltava mais provas sobre o conflito de interesses que tornaria a ação de ambos ilegal. 

Em nota para o Uol, Alexandre Ramagem reiterou sua justificativa sobre ter atrasado as demissões e afirmou que a demissão de ambos os servidores da Abin dois anos depois foi feita "de forma técnica". 

Para saber mais sobre as suspeitas de chantagem vinculadas com essa situação, leia o material completo no Blog de Jamildo. .

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