Impasse do Arco Metropolitano ameaça competitividade de PE, alerta Atitude Pernambuco
Obra é considerada essencial para integrar os polos produtivos do norte e do sul da Região Metropolitana do Recife e parte da Zona da Mata
Em entrevista ao Passando a Limpo, da Rádio Jornal, desta sexta-feira (6), Francisco Saboya, diretor executivo do Atitude Pernambuco, defendeu que a paralisação do empréstimo para a construção do Arco Metropolitano na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) representa um freio para o desenvolvimento do estado, gerando perda de competitividade e encarecendo os custos de operação.
No debate, Saboya descreveu o Arco não apenas como uma solução para o trânsito, mas como a "artéria principal de conexão" da economia pernambucana.
Segundo ele, a obra é considerada essencial para integrar os polos produtivos do norte, como Goiana, e do sul, conectando-os de forma eficiente ao Porto de Suape, ao Aeroporto dos Guararapes e às principais rodovias federais.
Ainda de acordo com o diretor, o custo da não construção vai muito além dos congestionamentos urbanos. "Os gargalos logísticos atrasam a entrega de mercadorias e encarecem o frete, gerando uma perda tremenda de competitividade para as nossas empresas", explicou.
A conclusão do Arco, segundo estudos, poderia reduzir o tempo de deslocamento entre os polos em até 40% e o custo dos fretes em até 25%, tornando o estado mais atrativo para novos investimentos.
Alça da Vitarela: iniciativa privada destrava projeto
Em meio ao impasse político do projeto principal, uma iniciativa paralela para destravar um conhecido ponto de estrangulamento na Região Metropolitana avança.
Diante da falta de recursos públicos para contratar estudos, o próprio Atitude Pernambuco financiou o projeto executivo da alça do viaduto da Vitarela e o doou ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
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A obra é aguardada há anos para aliviar os "congestionamentos tremendos" no entroncamento da BR-101 Sul, em direção a Suape e ao litoral. Saboia informou que o projeto já foi apreciado pelo DNIT em Brasília, passou por correções e a expectativa é de aprovação final ainda neste mês de junho.
"A licitação pode ocorrer no segundo semestre, com possibilidade de início das obras até o final de 2025", adiantou o diretor. A alça, segundo ele, trará uma melhoria significativa na fluidez de passageiros e cargas, mesmo antes da conclusão do Arco Metropolitano.
Francisco Saboia finalizou ressaltando que ambas as obras são cruciais para o futuro do estado. "Temos que compreender que não estamos falando apenas de estradas, mas de motores para a geração de empregos e para um impacto positivo duradouro na economia de Pernambuco", concluiu.