Nos stories do Instagram, a empresária Roseli D'Agostini Lins, sócia da Imbuia Agropecuária LTDA, pediu para que os agricultores demitissem os funcionários que têm intenção de votar no candidato Lula por "questão de sobrevivência".
O setor do agronegócio já tem se voltado para o candidato à presidência Jair Bolsonaro, desde as eleições de 2018 e por uma parte expressiva dos atuantes neste tipo de negócio recuarem com a fala de Luiz Inácio Lula da Silva, no Jornal Nacional.
Durante a sabatina da emissora de TV, Lula afirmou que há uma verdadeira divisão entre o setor agropecuário.
Confira o trecho da fala do candidato:
"(...) Veja, o agronegócio que é fascista e direitista, porque os empresários sérios, que trabalham no agronegócio, que tem comércio no exterior, que exporta para a Europa, para China, esses não querem desmatar! Esses querem preservar nossos rios, querem preservar nossas árvores, querem preservar nossas faunas, esses não."
Tal fala foi o suficiente para revoltar a empresária do agronegócio Roseli, que gravou um vídeo para seus seguidores em relação à afirmação de Lula na sabatina.
Empresária de agronegócio pede demissão de funcionários que querem votar no Lula
A empresária é sócia da Imbuia Agropecuária LTDA, empresa localizada em Luis Eduardo Magalhães, cidade da Bahia, que trabalha com o cultivo de diversos produtos, como a soja, algodão, milho, cana-de-açúcar e entre outros.
Confira na íntegra a fala da empresária do agronegócio:
"Ontem a gente viu mais algumas aberrações do cara lá no Jornal Nacional e eu queria falar algo para nossos agricultores. Façam um levantamento, quem vai votar no Lula demitam e demitam sem dó porque não é uma questão de política, é uma questão de sobrevivência. E você que trabalha com o agro, e que defende com o Lula, faça um favor e saia também (...)"
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"Tem gente defendendo o agro e votando no Lula, votando no ACM Neto. O que que nós queremos do nosso país? Que continue do jeito que está? Eu estou indignada, eu estou indignada", completou a Roseli, de acordo com o Metrópoles.
O Ministério Público do Trabalho (MPT-BA) registrou um inquérito para apurar o caso da empresária, uma vez que há suspeita de assédio eleitoral na fala que reprime o direito de decisão dos funcionários no setor do agronegócio, assemelhando, assim, a um "voto de cabresto".