Proibição

Cidade toma decisão inédita e proíbe propaganda de carne; entenda

Nova legislação proíbe os anúncios públicos da proteína

Luana Simões
Luana Simões
Publicado em 12/09/2022 às 11:52 | Atualizado em 12/09/2022 às 12:46
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Cidade toma decisão inédita e proíbe propaganda de carne; entenda - FOTO: Freepik

A cidade de Haarlem, com uma população de cerca de 160.000 pessoas localizada a oeste de Amsterdã, pode ser a primeira cidade a proibir a publicidade de carne.

A movimentação para isso foi elaborada pelo GroenLinks, partido político ambientalista, que acredita que a produção de carne é prejudicial ao meio ambiente por causa dos gases de efeito estufa (GEE) produzidos pelos animais.

A proibição não entrará em vigor até 2024, devido a contratos existentes com algumas empresas.

A nova legislação é importante, por pode influenciar a decisão de outras cidades e, consequentemente, outros países da Europa.

POR QUE PROIBIR A PROPAGANDA DE CARNE?

A Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que a pecuária gera mais de 14% de todos os gases de efeito estufa produzidos pelo homem, incluindo o metano. 

Em uma entrevista ao jornal Dutch News, o vereador do partido holandês Ziggy Klazes justificou a medida.

“Não podemos dizer às pessoas que há uma crise climática e incentivá-las a comprar produtos que a causam”, disse.

A quantidade de carne consumida na Holanda atualmente é de 89,3 quilos por pessoa, acima da média global.

A ONU diz que, além do gado gerar gases de efeito estufa que agravam aquecimento global, é também responsável pelo desmatamento em massa em lugares como a floresta amazônica para abrir espaço para pastagens.

CIDADE VEGANA É PROCESSADA POR MCDONALDS

Em julho deste ano, outra polêmica envolvendo o movimento ambientalista surgiu: Tübingen, uma cidade universitária no sudoeste da Alemanha, foi processada pela McDonalds por promover desincentivo ao uso de descartáveis.

Para elevar ainda mais o status verde da cidade, a prefeitura quis impor uma nova taxa: o chamado Verpackungssteuer, ou seja, imposto de embalagem.

Essa taxa previa um pagamento extra de cinquenta centavos para qualquer embalagem descartável, como copos de café, potes de sorvete, pratos para refeição e até caixas de pizza.

O imposto teve um início promissor: as primeiras semanas resultaram em até 15% menos resíduos nas lixeiras da cidade.

Contudo, esse movimento de ter menos embalagens não foi bem recebido pelo único McDonald's de Tübingen, que processou a cidade por causa da implementação desse imposto.

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